Azeite da Prosperato: fazenda em Caçapava do Sul fez 95 pontos dos 100 totais (Prosperato/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 27 de setembro de 2023 às 07h00.
Dos 500 melhores azeites de oliva extra virgens do mundo, 12 são brasileiros. O levantamento é da Flos Olei de 2024, uma publicação anual que funciona como um dos principais guias mundiais do produto. Trata-se de um projeto do especialista Marco Oreggia, que há mais de dez anos analisa azeites de mais de 50 países e elabora o ranking internacional das melhores produções no mundo inteiro.
Oreggia, inclusive, esteve no Brasil no início do ano para conhecer mais da olivicultura brasileira. Ele visitou fazendas no Rio Grande do Sul, onde dez dos 12 azeites brasileiros premiados estão. Aliás, muitos dos vencedores destacam que a região é propensa porque está no Paralelo 30 Sul, que reúne características semelhantes às do Paralelo 30 Norte, que agrupa países de grande tradição de azeite de olivas, como Grécia, Itália, Espanha, Itália e Portugal. O ranking organiza as empresas pela pontuação, sendo 100 a nota máxima.
Localizada nas regiões chamadas de Campanha Gaúcha e Costa Doce, a Prosperato tem fazendas de olivais que somam 220 hectares entre quatro cidades: Caçapava do Sul, São Sepé, Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul. A plantação começou em 2011. No ano seguinte, compraram um olival já em produção e a primeira safra saiu em 2013. Um destaque da empresa é que ela faz toda a cadeia produtiva da oliva, desde a produção das mudas, do plantio, extração, envase e comercialização, com varejo próprio. Só em 2023, já ganhou mais de 30 prêmios pelo seu azeite.
Duas fazendas fazem o Azeite Sabiá. Uma fica em Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira. Tem 17 hectares e está na quarta safra de azeite. Já a outra fica em Encruzilhada do Sul, município com a maior área plantada de oliveiras do Brasil. Por lá, conta com 440 hectares, sendo 110 hectares de oliveiras plantadas em 2018. Em 2023, inauguram uma nova agroindústria na fazenda no Sul, um lagar subterrâneo.
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O azeite é produzido na fazenda Mato Grande, na cidade de Canguçu. De acordo com a empresa, as mudas são plantadas “seguindo rigorosos critérios técnicos” e o crescimento “é acompanhado de perto por profissionais especializados”. São 250 hectares de plantio. A plantação começou em 2011 e a primeira safra saiu em 2016.
O Lagar H é feito pela família Haas em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul. A ideia foi do pai, que comprou uma fazenda nos anos 2000, mas quem toca o projeto é Glenda Haas, diretora e azeitóloga da Lagar H. Ela ouviu o pedido do pai de cultivar azeitonas no Brasil e fazer desta cultura o legado de sua família. A advogada e administradora, então, mergulhou no universo da olivicultura, sobre o qual se especializou nos Estados Unidos, Itália e Portugal. Hoje, a Lagar H tem 170 hectares de oliveiras, com 60 em produção.
Esse negócio começou com viagens da família Garbin Obino pelo Mediterrâneo - e mais especificamente, pelo azeite de lá. Ana e Flávio Obino se encantaram pelos azeites que provaram em Sardenha, Sicília, Toscana e Puglia. Por volta de 2016, decidiram tentar replicar o que provaram na Europa no Rio Grande do Sul. Na abertura da colheita gaúcha de 2016 conheceram os olivais da Tecnoplanta em Sentinela do Sul e seus azeites. Com o apoio da Secretaria Estadual da Agricultura, através do agrônomo Paulo Lipp, e de técnicos da Tecnoplanta, resolveram plantar no Haras Capela de Santana 800 mudas de frantoio, koroneiki, picual e arbequina em uma área de aproximadamente 3 hectares. Hoje, são 2.000 plantas em uma área de 7 hectares em Sentinela do Sul.
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A Capolivo é uma empresa administrada pela família de empreendedores gaúcha Capoani, responsável por um dos primeiros cinemas do Estado nos anos 1950. Também atuavam no setor industrial. Depois, decidiu diversificar, atuando também no agronegócio, por meio de áreas de reflorestamento de pinus e criação de gado. Com a Capolivo, mantém a fazenda Tarumã da Boa Vista, com uma área atual de 100 hectares e que segue em expansão. São cultivadas variedades como a grega Koroneiki, as espanholas Arbequina, Arbosana e Picual, a italiana Frantoio, além de Ascolana, Manzanilla e Coratina. A Fazenda Tarumã da Boa Vista tem extensão de 4.100 hectares. Além da área do olival, 3.000 hectares são ocupados por pinus e uma área de reserva legal.
A Estância das Oliveiras é uma fazenda criada pela família Goelzer, fundadores da Quinta da Estância, uma fazenda de turismo e eventos de Viamão. Além do azeite em si, eles vendem experiências turísticas. Membros da Estância das Oliveiras podem comprar pacotes que incluem caminhada guiada pelo olival conhecendo o manejo das olivas e diferentes espécies. A fazenda tem também uma oliveira de 200 anos, que faz parte das atrações turísticas.
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A Fazenda Don Marco iniciou a trajetória em 2017, quando o casal formado pela executiva Michelle Franck Sápiras e pelo fotógrafo Edison Vara decidiu procurar alternativas de investimento. As primeiras pesquisas do casal apontaram para a olivicultura. Escolheram a área para cultivo, fizeram a preparação do solo, definiram as variedades e começaram a plantar em 2018. Em 2021, três anos após o plantio das mudas, iniciou a colheita dos primeiros frutos. Em 2022, lançaram a marca Bem-te-Vi. Atualmente são 5.300 oliveiras distribuídas em aproximadamente 20 hectares.
Casa Marchio é uma empresa familiar, dos proprietários Paulo Marchioretto e Maria Alice Migliavacca. A fazenda fica na região de Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul. Atuando no ramo desde 2016, a empresa possui 16 hectares de plantação de oliveiras, distribuídos entre arbequina, arbosana, coratina, frantoio, koroneiki, manzanilla e picual.
A história da Verolí começou em 2016 em Sapucaí-Mirim, Minas Gerais. Hoje, são 9.000 pés de oliveiras plantadas. Quem idealizou o projeto foi a doutora em Psicologia Social Vera Sônia Mincoff Menegon. Ela tinha vontade de ampliar a cultura do azeite fresco, especialmente na região da Mantiqueira. A arquiteta Natasha Mincoff Menegon e a educadora Luana Mincoff Menegon também atuam como sócio-administradoras do projeto.
A Orfeu Azeites é o braço de olivicultura da Orfeu Cafés Especiais, empresa nascida em 2005 nas montanhas sul-mineiras Fazenda Sertãozinho. A produção de azeite também acontece nessa região, a 1.250 metros de altitude. Hoje, a fazenda tem 28 mil plantas em 80 hectares, com as variedades Arbosana, Koroneiki, Arbequina, Coratina e Picual.
Fundada pela CEO Luiza Osório, a Al-Zait é uma marca de azeites extravirgem produzida em Rosário do Sul. Luiza também é agropecuarista e sócia das fazendas Estância Santa Leonida e Cambuí. Antes disso, também teve experiência no mercado de varejo de moda.