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(Karin Salomão/Site Exame)
Karin Salomão
Publicado em 5 de abril de 2018 às 15h00.
Última atualização em 5 de abril de 2018 às 15h00.
São Paulo – Fundada em 2012, a 99 passou de 20 funcionários para quase mil em poucos anos. A startup brasileira de transportes recebeu investimentos, ampliou sua equipe e investiu na expansão de seus serviços.
Em janeiro deste ano, a companhia se tornou o primeiro unicórnio brasileiro, ou seja, uma companhia nova com valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares.
Ela foi comprada pela chinesa Didi Chuxing por cerca de 960 milhões de dólares. A companhia chinesa investiu pela primeira vez na 99 em janeiro passado, injetando 100 milhões de dólares na empresa.
Para suportar seu crescimento, a empresa percebeu que precisava de um espaço maior. Por isso, inaugurou o seu novo escritório no começo de 2018, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Athié Wohnrath. No novo espaço, que fica em São Paulo, os funcionários circulam entre as mesas com patinetes e segways, respeitando sempre os sinais de trânsito.
O site EXAME visitou o novo escritório da 99 e mostra cada detalhe nas fotos a seguir.
O aplicativo, que conecta motoristas de taxi ou particulares a passageiros, concorre com o Uber e Cabify, que recentemente se uniu à Easy Taxi.
A primeira sede da 99, inaugurada em 2012, tinha espaço para apenas 20 funcionários. Em 2015 se mudou para um prédio maior e agora fez sua segunda mudança, para acomodar todos os colaboradores. Agora, mais uma mudança. No prédio antigo está apenas a equipe de “Uau”, ou atendimento ao cliente, que é a maior de todas com 500 colaboradores.
Outros 400 se mudaram para o novo prédio, que tem 8,4 mil m² distribuídos em 4 andares. No novo espaço, há 1.200 estações de trabalho, então ainda há bastante espaço para crescer. A previsão é chegar a mil pessoas na empresa toda até o final de 2018.
Todo o visual da sede é baseado em uma cidade, para que todos tenham sempre em mente qual é a cidade que querem construir para seus clientes, diz Juliana Dias, gerente de Facilities da 99. A recepção lembra um parklet, equipamento urbano que usa uma vaga de estacionamento para criar uma área de convívio.
“O escritório simula uma cidade, com cenas comuns do cotidiano”, afirmou Juliana Dias. Ao redor do escritório há vias expressas e, entre as mesas, ruas locais. As faixas de pedestre têm os valores da empresa incorporados às listras.
A sede da 99 é cheia de opções para se reunir com a equipe. São 20 salas de reunião formais, que foram nomeadas por funcionários para remeter a algum meio de transporte, real ou imaginário. Há a sala Patinete, mas também tem a Optimus Prime, personagem do filme Transformers e a USS Enterprise, nave da série Star Trek, entre outros.
Além das salas formais, as possibilidades para encontros são inúmeras. Neste tablado da foto, por exemplo, um gestor pode passar recados ou apresentações para sua equipe. Com a cortina fechada, alguém também pode se sentar nos degraus e trabalhar de forma mais reservada.
Salas de reunião e espaços informais para conversas rápidas foram estrategicamente distribuídos perto das áreas de estações de trabalho, para que o colaborador não precise “cruzar a cidade” para uma reunião de cinco minutos.
Por ser uma startup, tudo acontece rapidamente na 99 – até o deslocamento entre uma mesa e outra. Funcionários usam patinetes e segways para se locomover. “Os patinetes já existiam desde a primeira casa, porque acreditamos que o ambiente de trabalho pode ser divertido”, afirmou a gerente.
Um dos espaços de convivência lembra um ponto de ônibus. É aqui também o “estacionamento” de patinetes e “segways”, usados para se locomover pelo escritório. A bola de pilates, que também fica estacionada por aqui, pode ser usada no lugar de uma cadeira.
Assim como uma cidade, o escritório também tem uma viela de serviços. Por aqui, estão as salas de massagem, manicure e pedicure, cabeleireiro e uma sala para meditação.
Por aqui também funciona a rádio 99, que produz informações para taxistas e motoristas particulares. Há programas sobre segurança e andamento de projetos de lei, por exemplo.
Os funcionários da companhia são incentivados a usarem o serviço da 99 – não apenas como passageiros, mas também como motoristas. Através do projeto interno “Eu dirijo e coisas boas acontecem”, os colaboradores compartilham a sua vivência no banco do motorista.
Eles usam carros alugados e toda a receita arrecadada é doada para instituições de caridade. As áreas que mais participam desse projeto são elencadas em um ranking, que fica exposto no andar de convivência. Dias afirma que, dessa forma, cada um se sente mais motivado a participar.
Um dos andares do novo escritório é dedicado a encontros, reuniões e confraternizações entre os funcionários. Há um espaço para jogos, como videogame e mesa de pingue-pongue.
Aqui, acontecem reuniões de integração e de atualização dos motoristas, quando há alguma atualização no aplicativo ou questões estratégicas que a empresa quer reforçar.
Há ainda um evento chamado Roda Viva da 99, que a cada 45 dias reúne motoristas e executivos de alta liderança para discutir melhorias que podem ser feitas no serviço ou na qualidade de vida dos motoristas.
Toda segunda-feira, também acontece o “Thank God it’s Monday”, encontro com o presidente no qual os funcionários podem fazer perguntas e acompanham as informações mais importantes sobre a companhia.
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