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Conheça a Kiabi, a rival francesa da Zara que chegou ao Brasil

Loja da marca fica no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, e tem 115 mil peças, inclusive itens para prematuros, gestantes e plus size.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 06h00.

Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 06h00.

São Paulo – A Kiabi é uma das maiores redes de moda popular da França e chegou este mês ao Brasil. A primeira loja, inaugurada no dia 11 de agosto, fica no shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Com 1.500 metros quadrados, o espaço tem 115 mil peças divididas por sexo e faixa etária. Os preços vão de 15 a 240 reais.

A reportagem de EXAME foi conhecer a loja. Veja fotos e mais informações a seguir:

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Na loja francesa, as peças são divididas por sexo e faixa etária, modelo um pouco diferente do usado na maioria de lojas de departamentos no Brasil, que divide os itens também por estilo. O objetivo é facilitar a busca com cliente, que pode encontrar todas as peças para o seu perfil num único espaço, explica Diego Schiavinato, coordenador de marketing e merchandising da Kiabi no Brasil.

 

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

A loja da Kiabi é bem colorida e tem uma boa variedade de modelos e numeração. O colorido é fruto de um processo de mudança da marca, que vem buscando se aproximar de seu lema: “A felicidade cai bem”.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Dentre os destaques da loja estão o setor de roupas para gestantes, que tem uma quantidade razoável de opções, e o plus size, que traz as mesmas peças de outros setores, mas com numerações maiores. Há peças em tamanhos grandes tanto para homens quanto para mulheres, e os tamanhos vão até o 64.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Ocupando metade da loja está o setor para bebês, inclusive com peças para prematuros. Khardiata Ndoye, diretora de marketing e vendas, explica que o setor é o maior em faturamento da Kiabi na França.

O espaço para as crianças inclui ainda um provador especial para os pequenos. Batizado de “Casa da Felicidade”, o local conta com brinquedos que ajudam a entreter as crianças na hora de provar uma peça (e dar um pouco de tranquilidade aos pais). Já o provador adulto é unissex.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

“O lema de nosso fundador, Patrick Mulliez, é que Kiabi deve vestir o cliente em todos os momentos de sua vida”, explica Ndoye, que é francesa e trabalhou na Kiabi Itália por dez anos antes de ser transferida para a operação brasileira.

No total, a marcar “importou” seis executivos para atuar no Brasil. Dentre eles estão Aurelie Vergues, que comandava a loja de maior faturamento na França e agora está à frente da loja brasileira, e o CEO da marca no Brasil, François Haimez, que antes comandava a divisão francesa da companhia. “Isso dá uma ideia da importância estratégica do Brasil para a Kiabi”, afirma Ndoye.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Lá fora, a Kiabi concorre com redes como Primark e H&M, que não estão no Brasil, e também com a espanhola Zara. No mercado brasileiro, as principais concorrentes são C&A, Zara e as brasileiras Renner e Riachuelo.

Todas as roupas da Kiabi são importadas. Os modelos são desenhados por uma equipe própria de 56 designers, e produzidos em países como China, Índia e Marrocos.

A Kiabi tem um escritório em Hong Kong que faz o relacionamento com os fornecedores e fiscaliza a produção para garantir que não há exploração de trabalhadores ou outras irregularidades.

Para inspirar as coleções, os designer fazem viagens pelo mundo duas vezes ao ano, em busca de ideias e tendências.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Para manter os preços das peças na faixa entre 15 e 240 reais, a estratégia da Kiabi tem sido importar grandes quantidades.

Outro ponto é que, como as coleções são globais – com pequenas adaptações para as características de cada mercado – o volume de produção e o aproveitamento de tecidos é maior, garantindo melhores preços.

A diretora explica ainda que os fornecedores têm um relacionamento sólido com a marca, a maioria trabalha com a Kiabi há pelo menos cinco anos, o que permite ter um planejamento de mais longo prazo, barateando os custos.

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo

Loja da Kiabi, no shopping Ibirapuera, em São Paulo (Kiabi/Divulgação)

Agora, a Kiabi se prepara para abrir sua segunda unidade no Brasil, que deve sair ainda neste semestre. A loja ficará no shopping West Plaza, na zona oeste de São Paulo, cujo público tem um perfil diferente do que frequenta o shopping Ibirapuera e, em geral, um poder aquisitivo mais baixo.

“Queremos testar a marca para diferentes públicos e ver qual a melhor aceitação”, explica a diretora.

Para a abertura da primeira unidade, 17 funcionários da Kiabi vieram de outros países para ajudar. Com a segunda loja, a ajuda internacional ainda deve ocorrer, mas em menor escala.

A rede francesa não divulga quanto investiu até agora no Brasil, mas tem planos ambiciosos. Para os próximos cinco anos, a meta é abrir 40 lojas no Brasil.

A Kiabi pertence à bilionária família Mulliez, dona de marcas como Leroy Merlin(material de construção) e Decathlon (artigos esportivos), redes que já estão há algum tempo no Brasil.  No fim do ano passado, outra marca do grupo chegou ao país: a Zôdio, de artigos para a casa.

Com 500 lojas físicas em 15 países, a Kiabi aposta no Brasil para iniciar seu processo de expansão na América Latina. No mundo, a marca está presente principalmente na Europa, com destaque para França, com 350 unidades, e Espanha, com 50 lojas. Fundada em 1978, a Kiabi movimenta 2 bilhões de euros anualmente e comercializa em média 275 milhões de peças por ano.

 

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