Abilio Diniz: o Cade pode analisar o tema (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 08h13.
São Paulo - O retorno de Abilio Diniz ao varejo, com a compra de 10% da fatia do Carrefour Brasil, coloca mais uma vez em pauta o risco de um conflito de interesses, já que Diniz é acionista e presidente do conselho de administração da empresa de alimentos BRF, fornecedora do Carrefour.
No entanto, para fontes do mercado, o tema poderá ter um final diferente por conta do bom relacionamento dele com outros acionistas tanto do varejista como da fabricante.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode analisar o tema. Para um analista, o fato de a BRF estar hoje num bom momento operacional e de as ações estarem se valorizando na Bolsa deve diminuir o risco de desentendimentos na companhia.
A contribuição de Abilio para os resultados da BRF tem sido vista como relevante, comenta.
O tema do conflito de interesses surgiu pela primeira vez em 2013, quando Diniz ainda estava no GPA, acumulando a presidência do conselho de administração do grupo e da BRF, expondo as divergências entre Diniz e o Casino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.