Os diretores se mostraram mais otimistas no segundo trimestres em relação ao quadro de empregados e terceirizados (TanawatPontchour/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de agosto de 2018 às 18h56.
São Paulo - O índice de confiança dos diretores financeiros das empresas privadas (iCFO, na sigla em inglês) recuou 9,7 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre, de 138,9 pontos para 129,2 pontos. O índice é calculado pela Saint Paul Escola de Negócios com um universo de 100 executivos de empresas com faturamentos de R$ 2,4 milhões a R$ 700 milhões.
De acordo com o presidente da Saint Paul, José Cláudio Securato, verifica-se com os números que, apesar da percepção geral continuar razoavelmente otimista, houve queda no nível de otimismo dos CFOs em relação aos primeiros três meses do ano nos componentes macroeconomia, setor e empresa.
"A queda nos níveis de otimismo indica forte influência dos acontecimentos econômicos e políticos ocorridos nos últimos meses, inclusive a aproximação das eleições presidenciais", justificou Securato.
De acordo com a pesquisa, as principais preocupações dos diretores no segundo trimestre foram com a demanda do mercado interno, a competitividade e atuação da concorrência e o ambiente político. Juntos, esses fatores somam uma importância de 44,2% dentre as preocupações dos CFOs.
No primeiro trimestre, a preocupação maior dos executivos também era com a demanda do mercado interno. A segunda era a competitividade e atuação da concorrência. A terceira era a estrutura tributária. "No segundo trimestre os executivos mostraram mais preocupação com o câmbio do que com a estrutura tributária", observou Securato.
Em relação aos investimentos previstos para os próximos 12 meses, os executivos definiram como principal categoria de destino os investimentos em Tecnologia da Informação, que com 26,7% de participação no volume total de investimentos ganhou 2,2 pontos porcentuais de representatividade em relação ao trimestre anterior.
Os diretores se mostraram mais otimistas no segundo trimestres em relação ao quadro de empregados e terceirizados. Dos 100 consultados, 43% disseram que pretendem aumentar no número de funcionários ante 36% no levantamento anterior. Do mesmo universo, 20% esperam redução no quadro de funcionários ante 14% no primeiro trimestre.