Arthur Mensch, cofundador da Mistral: francês admitiu que a empresa tem planos de IPO pela frente
Repórter
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 11h34.
Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 11h41.
A startup francesa de inteligência artificial (IA) Mistral AI, uma das mais valiosas da Europa, planeja abrir capital em vez de considerar uma venda.
Lançada há menos de dois anos, a Mistral se consolidou como a principal concorrente europeia da OpenAI, criadora do ChatGPT.
Com foco em desenvolver modelos de linguagem de código aberto, conhecidos como LLMs (large language models), a empresa pretende usar a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) para alavancar sua atuação no mercado global.
Além do IPO, Mensch reforçou que a Mistral não está à venda. “Somos a única empresa europeia oferecendo o que oferecemos. Temos a força necessária para competir, só precisamos da vontade de criar na Europa”, afirmou o CEO em entrevista com a americana Bloomberg durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta terça-feira, 21.
A Mistral foi fundada em meados de 2023 por Timothée Lacroix, Guillaume Lample e Arthur Mensch, ex-pesquisadores da Google DeepMind e Meta, que permanecem como acionistas majoritários.
Desde sua fundação, a Mistral captou sucessivas rodadas de investimentos que somam mais de € 1 bilhão.
A mais recente ocorreu em junho de 2024, quando levantou US$ 645 milhões em uma rodada liderada pela General Catalyst, atingindo uma avaliação de US$ 6,5 bilhões. O montante foi utilizado para escalar a equipe e expandir recursos computacionais.
Recentemente, a empresa assinou um acordo de milhões de euros com a Agence France-Presse para incorporar conteúdos ao seu chatbot "Le Chat". O produto é uma alternativa ao ChatGPT, prometendo maior eficiência e menor custo de treinamento.
"Nós nos colocamos como árbitros na corrida trilionária da IA, mas temos a força necessária para competir de igual para igual", disse o CEO.