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Concessões tornarão Infraero mais competitiva

Segundo o presidente da Anac, com os aeroportos concedidos, o país passou a ter “de fato concorrência” entre aeroportos


	Funcionários da Infraero em paralisação: "A Infraero é uma empresa que teve acomodação por causa do monopólio [na operação de aeroportos]", admitiu presidente da empresa
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionários da Infraero em paralisação: "A Infraero é uma empresa que teve acomodação por causa do monopólio [na operação de aeroportos]", admitiu presidente da empresa (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 17h20.

Brasília – As concessões de aeroportos brasileiros à iniciativa privada ajudarão a tornar a Infraero – empresa estatal que detém o monopólio das operações aeroportuárias no país – mais competitiva, tanto em termos econômicos quanto na prestação de serviços.

A opinião foi compartilhada hoje (26) pelo ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), e pelos presidentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e da Infraero, Gustavo do Vale, durante o Seminário de Operadores de Aeroportos Brasileiros.

"A Infraero é uma empresa que teve acomodação por causa do monopólio [na operação de aeroportos]", admitiu o presidente da Infraero.

"Hoje, a situação é outra porque temos concorrência de outros aeroportos. Tempos novos parceiros [entre os grupos que detêm a concessão], já que somos sócios de outros aeroportos. E, com eles, tem havido transferência de tecnologia. Claro que isso não acontece da noite para o dia, mas estamos aprendendo”, acrescentou Vale.

Segundo Moreira Franco, usar as concessões aeroportuárias para tornar a Infraero mais competitiva foi uma das estratégias adotadas pela presidenta Dilma Rousseff para o setor.

“Por orientação da presidenta, traremos um grande operador internacional para que a Infraero se organize para ser competitiva em um ambiente de concorrência. Queremos que experiência e quadros qualificados com a experiência específica da Infraero garantam ao passageiro brasileiro a melhoria da qualidade de serviço, a fim de obter a fidelização do cliente, com qualidade e preço. E, assim, competir de igual para igual”, disse o ministro.

Referindo-se aos cerca de 270 aeroportos regionais que serão beneficiados pelas políticas do governo federal, Moreira Franco destacou que o setor aeroportuário está entrando agora em uma “segunda etapa”, na qual será criada nos terminais a infraestrutura que permitirá a brasileiros de localidades mais remotas usufruir desses serviços.

“É esse espírito selvagem do empreendedor que queremos presente nos aeroportos do Brasil", acrescentou o ministro. Segundo ele, esse ambiente novo criado no Brasil, de concorrência, será extremamente favorável ao passageiro, aos usuários dos aeroportos, tanto para melhorar os terminais concedidos quanto para melhorar a operação deles com base nas experiências "lá de fora".

Para o presidente da Infraero, a concorrência não será tão “de igual para igual”, como foi sugerido por Moreira Franco. “Algumas características das empresas privadas nós nunca teremos por causa dos processos licitatórios [aos quais a Infraero é submetida]”, disse Vale.

Segundo o presidente da Anac, com os aeroportos concedidos, o país passou a ter “de fato concorrência” entre aeroportos. “A estratégia é adotar concorrência não só no processo de licitação [das concessões], mas também depois dele”, disse Guaranys, que tem visitado obras nos aeroportos concedidos. Guaranys, que espera a conclusão das obras no prazo previsto, ressaltou que são de fácil visualização as melhorias que estão sendo feitas nos aeroportos.

De acordo com os operadores aeroportuários, até o final deste mês, o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, terá 80% das obras concluídas. No final de outubro, o aeroporto de Brasília tinha 65% das obras concluídas; o de São Gonçalo do Amarante, em Natal, 71%; e o de Viracopos, em Campinas (SP), 74%.

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