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Concessionárias esperam alta de 12% nas vendas no Brasil em 2018

A indústria de veículos, especificamente, tem uma capacidade de produção de 5 milhões de unidades por ano no Brasil

Carros: A Fenabrave espera que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil este ano atinjam 2,5 milhões de unidades (ustin Sullivan/Getty Images/Getty Images)

Carros: A Fenabrave espera que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil este ano atinjam 2,5 milhões de unidades (ustin Sullivan/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 16h38.

São Paulo - O setor brasileiro de veículos deve ter neste ano crescimento de quase 12% nas vendas no mercado interno, mas só deve retornar ao pico atingido em 2012 por volta de meados da década de 2020, estimou nesta quinta-feira a Fenabrave, associação que representa as concessionárias do país.

A entidade espera que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil este ano atinjam 2,5 milhões de unidades, alta de 11,8% sobre o volume licenciado em 2017, quando o setor interrompeu uma série de quatro quedas anuais, apresentando crescimento de 9,2%.

As vendas atingiram recorde histórico em 2012, com licenciamentos de 3,8 milhões de veículos.

"Provavelmente o setor só voltará nesse nível de 2012 por volta de 2024, 2025, vai ser uma recuperação gradual", disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., a jornalistas, referindo-se ao segmento de carros e comerciais leves.

A indústria de veículos, especificamente, tem uma capacidade de produção de 5 milhões de unidades por ano no Brasil. Segundo Assumpção Jr., no segmento de caminhões, a expectativa é de retorno ao pico de vendas atingido em 2011, de 173 mil unidades, em 2022.

Na avaliação da assessora econômica da entidade, Tereza Fernandez, da consultoria MB Associados, o Produto Interno Bruto do Brasil deve crescer 3,1% em 2018, impulsionado por safra agrícola, ambiente internacional favorável, cenário de inflação e juros contidos, além de investimentos em energia elétrica e gastos da Petrobras em sondas de exploração.

"Para qualquer aspecto que olhemos, a economia voltou a crescer. Em 2017, o crescimento do país se deu pelo lado da demanda, não pelo investimento em novas capacidades de produção, algo que vai demorar um pouco ainda para voltar a acontecer por causa da capacidade ociosa ainda grande da indústria", disse Fernandez.

Ela, porém, ressaltou que a projeção de crescimento da economia neste ano é baseada na aprovação da reforma da previdência em fevereiro. "Mas estamos muito confiantes de que vai passar (a reforma)", acrescentou.

Em entrevista à Reuters publicada nesta quinta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o governo ainda precisa de 50 votos na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma da previdência.

Em dezembro, as vendas de veículos no Brasil subiram cerca de 4% sobre novembro e sobre dezembro de 2016, para 212,6 mil unidades, encerrando o ano passado com um total licenciado de 2,24 milhões de unidades, segundo a Fenabrave.

Por segmento, as vendas de carros e comerciais leves subiram 3% em dezembro sobre um ano antes, para 204,8 mil unidades, enquanto as de caminhões avançaram quase 39%, para 6,17 mil veículos. Em ônibus, houve incremento de cerca de 73% nas vendas, para 1,6 mil unidades.

"Caminhões é PIB. Se o PIB cresce, caminhão cresce. Estamos sentindo os empresários mais confiantes, as montadoras começaram 2018 com estrutura plena de produção e também visão de trabalho aos sábados", disse o vice-presidente da Fenabrave para a área, Sergio Zonta.

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