Negócios

Compra da Innova pela Videolar entra na mira do Cade

O órgão determinou a realização de novas diligências para avaliar o caso


	Chaminé em plataforma de Petróleo da Petrobras: o acordo foi anunciado em agosto do ano passado no valor de R$ 870 milhões
 (Sérgio Moraes/Reuters)

Chaminé em plataforma de Petróleo da Petrobras: o acordo foi anunciado em agosto do ano passado no valor de R$ 870 milhões (Sérgio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 10h05.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou "complexo" ato de concentração pelo qual a Videolar e seu acionista majoritário, Lírio Parisotto, adquirem 100% do capital social da Innova, petroquímica controlada pela Petrobras.

Com isso, o órgão determinou a realização de novas diligências para avaliar o caso, conforme indica despacho publicado na edição desta terça-feira, 18, do Diário Oficial da União (DOU).

Entre as novas ações, o Cade vai buscar o "aprofundamento da análise das condições de rivalidade no mercado de poliestireno no Brasil" e "requerer às partes a apresentação de eficiências".

O despacho também aponta que o órgão antitruste poderá, posteriormente, se for o caso, requerer a ampliação do prazo para avaliação do negócio, anunciado em agosto do ano passado no valor de R$ 870 milhões.

Pelo acordo, os compradores da Innova também assumem dívidas da empresa de aproximadamente R$ 23 milhões. A Petrobras receberia um pagamento caução de R$ 174 milhões (20%) na assinatura da venda, e o restante na concretização da operação, depois de todas as aprovações de órgãos responsáveis. O saldo será corrigido pelo IGP-M.

Tanto a compradora quanto a empresa alvo da operação atuam no setor petroquímico. A Innova produz etilbenzeno, monômero de estireno e poliestireno. A Videolar é produtora de poliestireno.

Segundo documento do Cade, "a transação possibilitará à Videolar acesso ao monômero de estireno, insumo atualmente importado pela companhia em sua totalidade; quanto à Innova, sua alienação se insere na política de desinvestimento constante do Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras".

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