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Competição no mercado regional vai aumentar, segundo a Trip

“Plano de crescimento divulgado da Gol e da TAM é bastante conservador”, disse José Mário Caprioli

Aeronave da Trip (Divulgação)

Aeronave da Trip (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 15h07.

São Paulo - A aviação regional vem ganhando importância no mercado brasileiro, como mostram a recente associação entre a Gol e a Passaredo e a parceria entre Trip e a TAM. “Há grandes players entrando na aviação regional”, disse José Mário Caprioli, presidente da Trip.

“O mercado de média densidade no Brasil é o que mais vai crescer”, disse Caprioli. A arena do mercado médio vai ser uma das mais disputadas nos próximos anos, segundo o presidente, e o uso de aeroportos médios é uma forma de as empresas aéreas driblarem os aeroportos que já enfrentam gargalos, como Congonhas e Guarulhos. “Quanto mais operações como a nossa, mais o aeroporto descentraliza, já que há vários aeroportos de média densidade com espaço para crescer”, disse o executivo.

Para o presidente da Trip, a melhor saída agora é apostar na operação em aeroportos médios, tendo em vista que os grandes terminais como Congonhas, Guarulhos e Campinas já tem muita demanda e os muito pequenos carecem de infra-estrutura.

“Se o Brasil crescer muito velozmente os aeroportos enfrentam problemas, mas temos que acreditar que o governo será capaz de resolver isso”, disse o presidente. Caprioli acredita que os terminais médios devem se manter sem gargalos pelos próximos cinco a dez anos, pelo menos.

“O plano de crescimento divulgado pela Gol e TAM é bastante conservador. Temos a Trip com plano de frota agressivo e também a Azul”, disse Caprioli. Para ele, a expertise da Trip nos mercados médios será um diferencial para a companhias.

Em maio, a empresa vai trocar sua plataforma tecnológica por um sistema mais integrado ao de suas parceiras. A medida visa aperfeiçoar as alianças com outras aéreas. “Com a nova plataforma tecnológica vamos ter conectividade com qualquer aliança global que apareça”, disse o presidente da Trip.

IPO

A empresa não precisa uma data para sua abertura de capital, mas estuda essa possibilidade. “O mercado hoje está muito bom, mas a gente acha que ainda não é o momento da companhia”, disse Décio Luiz Chieppe, membro do conselho de administração da Trip e diretor de administração e finanças do grupo Águia Branca, um dos grupos controladores da empresa.

A construção da aérea foi feita contando com a possibilidade de IPO em algum momento. “Há uma capacidade de crédito da empresa junto ao mercado para crescer até 2012. Vamos medindo o nosso tamanho de operação para não ter muita diluição dos controladores atuais”, disse Chieppe.

A receita operacional bruta de 2010 foi de 748 milhões de reais – o valor é 66% superior ao de 2009. A projeção para 2011 é de 1,3 bilhão de reais e, para 2012, 1,949 bilhão de reais. “O desafio da companhia é de crescimento forte, mas sustentável em capacidade de financiamento, administração, conselho e passageiros transportados”, disse Caprioli.

A Trip planeja chegar a 100 destinos em 2012 – em 2009 foram 82 e a previsão para 2011 são 93. Em 2010, a Trip obteve participação de mercado de 2,21%, segundo dados da Anac. Para o crescimento em 2011 a Trip destacou a importância de rotas em Minas Gerais e no interior de São Paulo.

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