Uma companhia aérea na Índia descobriu uma maneira de ganhar dinheiro extra e, ao mesmo tempo, encorajar as pessoas a voltarem a viajar com a venda de testes de Covid-19 (Raveendran/AFP)
Leo Branco
Publicado em 12 de março de 2021 às 09h55.
Uma companhia aérea na Índia descobriu uma maneira de ganhar dinheiro extra e, ao mesmo tempo, encorajar as pessoas a voltarem a viajar com a venda de testes de Covid-19.
A SpiceJet, segunda maior operadora da Índia, oferece testes de coronavírus para passageiros por apenas 299 rupias (4 dólares). O valor é cerca de um terço do preço de mercado atual. A SpiceHealth, unidade que vende os testes, também montou postos móveis para o público em Mumbai e Nova Déli onde, a partir de 499 rupias, as pessoas podem realizar o teste no local ou ter uma amostra coletada em casa.
Embora o setor de aviação na Índia, com seu grande mercado interno, mostre recuperação mais rápida do que em lugares como Cingapura e Hong Kong, o impacto da pandemia persiste. A operadora SpiceJet registrou prejuízo líquido de 569,6 milhões de rupias no trimestre encerrado em 31 de dezembro, em comparação com lucro de 732 milhões de rupias um ano antes.
Tantas perdas levaram companhias aéreas globais a buscar novas fontes de receita em meio à queima de caixa. No ano passado, a australiana Qantas Airways alugou um de seus Boeing Dreamliners para passeios turísticos pela Antártida e vendeu itens normalmente oferecidos a passageiros premium, como pijamas. Pioneira em viagens de baixo custo, a AirAsia lançou uma plataforma no estilo da Amazon.com para vender frutas e legumes frescos.
Até que as vacinas tenham sido amplamente administradas, não se espera que as viagens internacionais sejam retomadas de forma significativa. Operadoras podem queimar até 95 bilhões de dólares em caixa este ano, quase o dobro da previsão anterior da Associação Internacional de Transporte Aéreo.