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Como uma loja no Catar se tornou a maior vendedora de açaí da Oakberry no mundo

A chegada ao Catar aconteceu como parte do processo de internacionalização da empresa, iniciada em 2019

Oakberry no Catar: no país, mensalmente, são consumidas mais de 70 mil tigelas e smoothies de açaí (Oakberry/Divulgação)

Oakberry no Catar: no país, mensalmente, são consumidas mais de 70 mil tigelas e smoothies de açaí (Oakberry/Divulgação)

Sede da Copa do Mundo, o Catar também se transformou em uma referência para a Oakberry. A rede de franquias de açaí brasileira tem oito lojas e quiosques no país entre as 600 espalhadas por 38 países. E é de lá a unidade que mais vende mundialmente.

Lançada em 2020, a franquia localizada em Lagoona Mall, um shopping center na capital Doha, foi a primeira no Catar e fatura 150 mil dólares todo mês. Na média, as lojas no exterior giram em torno de US$ 42 mil.

No país, mensalmente, são comercializadas mais de 70 mil tigelas e smoothies de açaí, o fruto da região amazônica que ganhou o mundo nos últimos anos.

Segundo dados da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará), estado com maior produção nacional, as exportações cresceram quase 15.000% nos últimos dez anos, entre 2011 e 2021.

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Todos os franqueados são qataris e os hábitos de consumo são “bem parecidos” com o que pode ser visto no sudeste brasileiro. “Sempre frutas, granola e nuts”, afirma Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry Açaí.

A chegada ao Catar aconteceu como parte do processo de internacionalização da empresa, iniciada em 2019. Das 600 franquias, 400 ficam no Brasil e 200 estão fora.

“Hoje, boa parte do faturamento da Oakberry provém das lojas no exterior. Entendemos que o Oriente Médio como um todo é um mercado já importante e bastante promissor, por isso esperamos expandir ainda mais naquela região”, diz Frangulis.

Para aproveitar o clima da Copa no país, a marca está presente com os seus produtos nas cinco áreas da Fifa Fan Fest, espaços onde os torcedores podem assistir os jogos. Outra ação é uma parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para oferecer açaí todos os dias para o time comandado por Tite.

Segundo o executivo, a empresa é "pé quente" em competições. “A última havia sido nosso patrocínio da equipe Haas na F1. O piloto Kevin Magnussen nunca havia feito uma pole, e conseguiu esse feito na primeira vez que tomou OAK e estávamos com nosso logo no carro”, afirma. A acompanhar.

Como está a empresa

O plano de internacionalização tem se intensificado desde o fim do ano passado quando a Oakberry anunciou uma captação de 90 milhões de reais. Com os recursos, a empresa também começou a investir na verticalização para produzir o seu próprio açaí, a partir de uma fábrica na Cidade de Santa Izabel, no Pará.

A rodada envolveu dois fundos de investimento (FIPs) com 80 clientes da gestora Kilima Asset e do escritório Monte Bravo.

“Somente este ano, a rede já cresceu quase 100% em faturamento e sempre três dígitos desde sua fundação, em 2016. A expectativa é que a rede movimente R$ 500 milhões em vendas ainda este ano. Em 2021, a marca faturou R$ 250 milhões”, afirma o fundador.

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