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Como motivar seus funcionários mais competentes (e os nem tanto)

Para tipo de profissional é preciso uma maneira de gerir. Veja como motivar e tirar o melhor de seus colaboradores

Para cada tipo de colaborador, é preciso um uma maneira diferente de liderar (Raul Júnior/Você S/A.)

Para cada tipo de colaborador, é preciso um uma maneira diferente de liderar (Raul Júnior/Você S/A.)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 24 de abril de 2012 às 10h36.

São Paulo – Uma das missões mais importante e mais desafiadora de um gestor é fazer com que seus pares estejam sempre motivados e dispostos a melhorar suas habilidades de maneira constante. Um desafio e tanto se levado em conta que cada funcionário tem seu jeito de ser e de trabalhar. Entre os que são muito competentes, há os motivados e os desmotivados. Da mesma forma, há os que são super animados, mas pouco competentes.

Para cada tipo de colaborador, é preciso um uma maneira diferente de liderar. Abaixo, com ajuda de consultores de gestão, listamos os principais pares formados pela relação competência e motivação e a postura que cada um deles exige de um bom gestor.

Funcionário altamente competente e muito motivado

Características: é pro-ativo. Está sempre em busca de novas tarefas e novos desafios. Antecipa-se aos problemas e traz boas soluções. É eficiente (faz bem) e eficaz (faz o que é certo).

Como lidar: delegue o máximo de decisões e dê-lhe muita autonomia. Negocie com ele a prestação de conta e controle o resultado, mas não a maneira como ele prefere atingir tais objetivos. É importante que ele saiba que você assumiu o risco de deixá-lo tomar algumas decisões porque você confia no potencial dele. Mas que também não descuidou de cobrar resultados sempre que necessário.

Funcionário altamente competente, mas muito desmotivado

Características: é bom. Quando executa uma tarefa, faz bem feito, mas não é pro-ativo. É mais reativo (apenas faz o que lhe mandam). Não busca, por iniciativa própria, novos projetos ou desafios. Há duas causas para a desmotivação: profissional, quando ele não encontra motivação dentro do ambiente de trabalho; e pessoal, quando enfrenta uma fase difícil em sua vida particular, que lhe toma toda a atenção.

Como lidar: se a causa for profissional, busque envolver mais o funcionário nos processos de decisão. Faça-o sentir parte de projetos importantes, valorize sua opinião e mostre a ele que, por causa de sua competência, suas ideias podem ser importantes para o grupo.


Funcionário altamente motivado, mas sem competência

Características: é pro-ativo, busca novas tarefas e novos desafios por conta própria, mas no lugar errado. Sua baixa competência pode ser temporária (ele está se desenvolvendo ainda, está aprendendo) ou permanente (é um bom funcionário, mas inadequado à função). Por propor tarefas e buscar desafios equivocados, gasta muito tempo e energia para entregar resultados abaixo do esperado.

Como lidar: se ele estiver em fase de desenvolvimento, o melhor princípio de gestão é o de orientar e dirigir. São duas coisas distintas. Orientar enfatiza mais as linhas gerais do trabalho, os conceitos e princípios que ele deve observar sempre. Dirigir significa a “microgestão”, o acompanhamento das tarefas diárias, até que ele consiga fazer por si mesmo. A missão do gestor aqui é assegurar que o outro aprenda e chegue aos resultados esperados.

Funcionário sem motivação e sem competência

Características: é reativo (age apenas quando solicitado) e resistente (questiona os motivos ou a necessidade da tarefa passada). Encontra problemas para tudo e nunca propõe alternativas. E, quando executa a tarefa, faz apena o arroz-com-feijão – às vezes, nem isso, entregando algo aquém do esperado.

Como lidar: é preciso avaliar se o funcionário é inadequado apenas para aquela função e, por isso, está desmotivado, ou se a causa é ainda mais ampla. A primeira coisa que se deve tentar é remanejá-lo para uma área ou função que possa ser mais adequada ao seu perfil. Se isto não for possível ou não der certo, passa-se à segunda estratégia: a “microgestão” – isto é, o gestor precisa ordenar a tarefa e supervisionar de perto sua execução. Se, ainda assim, isso não der certo, a última alternativa é cortá-lo.

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