Cena de "Game of Thrones": cada episódio é visto por cerca de 14,2 milhões de pessoas (Divulgação/Facebook)
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 15h53.
São Paulo - Na Time Warner, o inverno não está chegando - muito pelo contrário. Na manhã desta quarta-feira, a empresa divulgou um balanço de resultados repleto de boas notícias. A receita subiu 10% e foi para 7,4 bilhões de dólares, enquanto o lucro pulou 87% sobre o segundo trimestre do ano passado e atingiu 771 milhões de dólares. O sucesso tem dois nomes: HBO e o Homem de Aço.
A HBO está vivendo um momento especial. A terceira temporada de "Game of Thrones" teve uma média de 14,2 milhões de espectadores por episódio - um aumento de 20% em relação à temporada anterior. É o segundo maior sucesso da história do canal, perdendo apenas para "Os Sopranos".
Pelo décimo-terceiro ano consecutivo, a rede liderou a corrida pelo Emmy com 108 indicações. "Behind the Candelabra", produção com Michael Douglas feita especialmente para o canal após ser rejeitada pelos grandes estúdios, foi o filme mais visto da década na HBO.
A receita da divisão de canais da empresa, que também inclui a TNT e a CNN, foi para 3,8 bilhões de dólares, um crescimento de 6% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O número foi puxado por um aumento de 11% na receita publicitária.
Cinema e revistas
No mundo do cinema, a Time Warner também não tem do que reclamar. Ao contrário de algumas de suas concorrentes como Sony e Disney, que estão tendo que assumir perdas milionárias com apostas equivocadas, o estúdio Warner Bros emplacou uma temporada cheia de sucessos, como “O Grande Gatsby” e “Se Beber Não Case Parte III”.
“Homem de Aço” é até agora a terceira maior bilheteria do ano, com 287 milhões de dólares em bilheteria só nos Estados Unidos. A receita da divisão de entretenimento televisivo e filmes da Time Warner chegou a 2,9 bilhões de dólares, aumento de 13% em relação ao segundo trimestre de 2012.
Mas nem tudo reluz no balanço da empresa. A receita da Time Inc., divisão de publicações, caiu 2,9%, puxada por queda de 5% na receita publicitária e de 7% na de assinaturas. Ainda assim, ela segue como líder em participação no mercado editorial americano.
Em fevereiro, a revista Fortune divulgou que a companhia estaria negociando com a editora Meredith para vender todo este segmento – incluindo a People, uma das revistas mais lucrativas do mundo. Apenas três títulos estariam excluídos do negócio: Fortune, Sports Illustrated e a Time – que acaba de completar 90 anos de história.