Finanças: como essa startup fez seu CEO bilionário
Estagiária de jornalismo
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 14h16.
Em apenas três meses, a startup de IA médica OpenEvidence dobrou seu valor de mercado de US$ 3,5 bilhões para US$ 6 bilhões e transformou seu CEO e cofundador, Daniel Nadler, em um dos nomes mais valiosos do setor.
Com uma participação estimada em 60% da empresa, ele viu seu patrimônio líquido saltar de US$ 2,3 bilhões para US$ 3,6 bilhões após a nova rodada de investimento.
O crescimento exponencial da OpenEvidence é um caso de como capital estratégico, modelo escalável e foco em um nicho crítico, neste caso, a medicina baseada em dados, podem gerar retornos bilionários em tempo recorde. As informações foram retiradas da Forbes.
A nova rodada de US$ 200 milhões, anunciada em outubro, foi liderada pela GV (Google Ventures), com participação de gigantes como Sequoia, Kleiner Perkins, Thrive Capital, Coatue, Bond, Craft e Blackstone.
O aporte consolidou a posição da OpenEvidence como um dos principais atores da interseção entre IA e saúde, presente na Forbes AI 50 de 2025.
A startup opera com um modelo de buscador inteligente para médicos, usando IA para varrer milhões de artigos revisados por pares em publicações como New England Journal of Medicine e JAMA, e entregar respostas rápidas e com referências completas.
O uso da ferramenta cresceu de 10 milhões para 16,5 milhões de consultas clínicas mensais desde julho.
A estratégia financeira da OpenEvidence combina crescimento orgânico acelerado com um modelo de monetização baseado em publicidade inteligente, similar ao Google.
A ferramenta é gratuita para médicos credenciados, o que acelera a adoção — já utilizada por 40% dos médicos nos EUA, enquanto a receita vem de anunciantes segmentados.
Em setembro, a empresa anunciou sua primeira aquisição: a Amaro, uma startup de IA voltada para análise e distribuição de anúncios, fortalecendo sua capacidade de gerar retorno publicitário em larga escala.
Em julho, a empresa estimava US$ 50 milhões em receita anualizada. Agora, projeta US$ 100 milhões até 2026.
Segundo Nadler, a próxima fase é transformar cada médico em um “sensor” de dados clínicos, como no modelo do Google Street View.
Isso permitiria que as interações médicas alimentassem uma base viva de conhecimento, promovendo insights em tempo real e decisões clínicas mais precisas.
“A próxima fase para nós é expandir as fronteiras do conhecimento humano para alcançar a superinteligência médica”, afirma Nadler.
A OpenEvidence pode demonstrar como ativos intangíveis como dados, algoritmos e propriedade intelectual se transformam em valor de mercado, quando combinados com execução e capital estratégico.
Nadler, que investiu parte dos ganhos da venda de sua antiga startup, a Kensho (vendida por US$ 550 milhões em 2018), manteve uma participação alta na nova empresa.
Com isso, capturou quase US$ 1,3 bilhão de valorização pessoal só nesta última rodada, sem diluição significativa.
A abordagem do CEO, que se autodeclara “obcecado pelo trabalho” e vive uma rotina de 100 horas semanais, atraiu fundos que apostam em fundadores técnicos com visão de produto e disciplina operacional.
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