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Como empresas do Norte e NE pretendem atrair mais executivos

Segundo pesquisa da Michael Page, 71% das empresas com sedes nessas regiões têm dificuldade em encontrar profissionais locais com a qualificação necessária

EXAME.com (EXAME.com)

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Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 17h05.

São Paulo - Grande parte (71%) das empresas situadas no Norte e Nordeste do país tem dificuldade para contratar executivos locais e precisa se desdobrar para atrair profissionais qualificados de outras regiões. 

O dado é de uma pesquisa da consultoria Michael Page, que ouviu cerca de 900 pessoas, em 15 estados, entre novembro e dezembro do ano passado.

Das companhias entrevistadas, 54% planejam desenvolver estratégias para buscar executivos de outros lugares nos próximos dois anos.

Entre os planos estão, principalmente, flexibilizar os requisitos para as vagas (tática apontada por 30% delas), buscar consultorias de recrutamento (28%) e aumentar o pacote de benefícios oferecidos (15%).

"Com a forte expansão do mercado nos últimos anos, a região não consegue formar profissionais suficientes para ocupar essas posições estratégicas. Sem contar que, historicamente, o Nordeste tem um déficit educacional", diz o diretor da Michael Page para os escritórios de Recife (PE) e Salvador (BA), Felipe Malçano, em nota.

Segundo ele, porém, essa lacuna tende a diminuir no médio a longo prazo, porque as empresas já estão investindo em capacitação e desenvolvimento dos funcionários locais.

De acordo com o estudo, a área de engenharia é a que apresenta o maior déficit de profissionais qualificados no Norte e Nordeste. Os setores Comercial, de Finanças e Logística também encontram problemas na hora de recrutar.

Desafio

Convencer executivos de outras localidades a irem trabalhar nas regiões Norte e Nordeste é uma tarefa que realmente exige esforços diferenciados.

Segundo o levantamento, um terço dos profissionais (30%) rejeita as ofertas de emprego nesses lugares por conta de limitações pessoais e familiares. Outros 24% recusam as propostas porque sentem que perdem exposição no mercado ao deixar o eixo Rio-São Paulo.

Já as oportunidades não faltam. De acordo com a Michael Page, o Nordeste contratou 189% mais executivos de média e alta gerência nos oito primeiros meses de 2014 do que no mesmo período de 2012.

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