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Como a Casas Bahia pode deixar a sociedade com o Pão de Açúcar

Novo contrato apresenta três opções para que a parceria seja revista em até oito anos

Abílio e Klein: decisões do dia a dia ainda continuam sob a aprovação do Pão de Açúcar (.)

Abílio e Klein: decisões do dia a dia ainda continuam sob a aprovação do Pão de Açúcar (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - O novo contrato entre Casas Bahia e Pão de Açúcar terá a duração de seis anos, informou ao site de EXAME uma fonte diretamente ligada às negociações. Um dos pontos que gerava discussão entre as partes era o mecanismo de saída da Casas Bahia da sociedade. Desde o primeiro contrato, foi determinado que a saída seria dada via mercado com uma oferta pública de ações.

A família Klein quis detalhar isso agora. Pelo novo contrato, a partir do segundo ano, as companhias podem realizar uma Oferta Pública de Ações (OPA). Caso não haja oferta durante o período de seis anos que vigora o contrato, ele poderá ser prorrogado por mais dois. No oitavo ano, então, caso as companhias decidam desfazer a sociedade, há três opções -- todas terão de ser aprovadas pelo Pão de Açúcar.

A primeira opção é a Casas Bahia comprar a participação do Pão de Açúcar na sociedade. A segunda é o inverso: o Pão de Açúcar compra toda a parte da família Klein. A terceira alternativa é que a Casas Bahia se torne uma acionista minoritária da nova empresa.

A família Klein terá o poder de veto apenas em situações específicas, como fusões e aquisições de outras empresas. "Nas decisões do dia a dia nada muda. Os Klein continuam com participação minoritária no conselho administrativo, tendo de ter a aprovação do Abílio", diz a fonte.

O Pão de Açúcar também fará um aumento de capital de 600 milhões de reais a mais em relação ao primeiro acordo mediante a conferência de Certificado de Depósito Bancário e capitalização de créditos da CBD contra sociedades sob seu controle, sendo pelo menos 250 milhões de reais em Certificado de Depósito Bancário.

Sobre os aluguéis das lojas, foi acertado um novo valor, de 140 milhões de reais. A cifra é dividida em lojas e depósitos/administrativos, cada um com metade do total. "A diferença agora é que, se as vendas aumentam, a partir do quarto ano o valor pago pelas lojas pode ser revisto."
 

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