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Como a GOL pretende voltar para o azul em três rotas

A companhia aérea já anunciou como pretende resolver três de seus principais desafios para o ano. Veja quais são eles


	GOL: bônus atrelado a menos combustível é uma das iniciativas da empresa
 (Renato Araújo/ABr)

GOL: bônus atrelado a menos combustível é uma das iniciativas da empresa (Renato Araújo/ABr)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 24 de abril de 2013 às 14h45.

São Paulo - Depois de amealhar o pior prejuízo de sua história, no ano passado, e levar uma multa milionária por ter fechado a Webjet, a GOL já desenhou uma maneira de voltar para o azul o quanto antes. O plano, por enquanto, se apoia em três rotas principais, que já começaram a ser colocadas em prática nos últimos dias. 

Veja a seguir quais são cada uma delas e por que elas são importantes para a empresa.

Desafio: Reduzir custos com combustível
Plano: Oferta de bônus para funcionários atrelado à redução de combustível

Na primeira quinzena do mês, a GOL anunciou um novo plano de remuneração para funcionários que trabalham em voo. A partir dele, os profissionais embarcados seriam realocados em diferentes funções que trouxessem maior eficiência e economia. 

O intuito é premiar com bônus os funcionários que mais ajudarem a empresa economizar 1,89 milhão de reais por mês. Em janeiro e fevereiro a meta foi batida – 2,3 milhões de reais deixaram de ser gastos.

A iniciativa é resultado de um ano de estudo feito em cima dos 280.000 voos feitos pela GOL em 2012 para sanar um dos principais desafios da empresa hoje.

Isso porque o aumento do custo com combustível, ocasionado pela alta do preço do petróleo e variação cambial, tem refletido de maneira negativa nas contas da companhia desde o ano passado. A estimativa é de que 40% de todo custo da GOL hoje seja equivalente a combustível.

Desafio: Ampliar os voos fora do Brasil
Plano: Abrir uma nova empresa aérea na República Dominicana

A GOL gerou 94% da receita no Brasil, em 2011, uma concentração apontada por analistas como perigosa, já que a empresa aumenta a dependência do sucesso de seu negócio na estabilidade ou mesmo desvalorização da moeda local.

Para minimizar o risco, a empresa quer seguir os mesmos passos da concorrente TAM, que hoje tem 31% de suas receitas provenientes do mercado internacional. Aos poucos, amplia então, suas rotas internacionais, em espacial pela América do Sul e Caribe.

A notícia de hoje do Valor Econômico, de que a companhia abriria uma nova empresa de aviação na República Dominicana, é outro passo rumo a essa diversificação. 

Desafio: Deixar de ser a companhia aérea mais endividada do mundo
Plano: Captar até 1,35 bilhão de reais com o IPO da Smiles

Amanhã, depois do fechamento do mercado, sai o resultado da oferta pública de ações da Smiles, empresa de fidelidade da GOL, com a estimativa de captar até 1,35 bilhão de reais.

Se bem sucedido, o IPO será crucial para a recuperação da companhia, hoje uma das mais endividadas do setor no mundo, em meio a um cenário de constante esforço para elevar as taxas de ocupação de suas aeronaves.

Em comunicado, a empresa afirmou oferecer até 52,5 milhões de ações em uma faixa de preço que vai variar entre 20,70 e 25,80 reais. “Ela resolveu fazer isso agora porque precisa de dinheiro”, disse Bianca Faiwichow, analista da Gbm Brasil Dtvm em São Paulo. 

 

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