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Como a crise impulsionou Tang e bebidas em pó da Mondelez

A empresa quer que a bebida em pó também esteja em mais momentos do dia a dia do consumidor, não apenas durante as refeições principais

Tang chá em pó da Mondelez (Divulgação/Facebook oficial)

Tang chá em pó da Mondelez (Divulgação/Facebook oficial)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de maio de 2016 às 08h53.

São Paulo - Com a crise, mais pessoas passaram a almoçar em casa e deixaram de sair para jantar. Para a Mondelez, essa pode ser uma oportunidade para aumentar o consumo de suas bebidas em pó, segmento que cresceu 4,7% na empresa no último ano.

“As pessoas almoçam e jantam mais em casa, em adequação ao cenário de hoje. Por isso, vemos uma presença mais relevante de Tang”, afirmou Fabio Melo, diretor de bebidas em pó na Mondelez, a EXAME.com.

A Tang, a "menina dos olhos" nesse segmento, já está em 70% dos lares. Mas a empresa quer que a bebida também esteja em mais momentos do dia a dia do consumidor, não apenas durante as refeições principais.

Por isso, soltou uma campanha para que incentivar o consumo de Tang com leite, no café da manhã ou no lanche da tarde.

Também lançou, em dezembro, o chá em pó da Tang. "Apesar de ser em pó, ele traz uma sensação muito próxima de um chá gelado. O chá pronto é aspiracional, as pessoas querem comprar, mas custa quase 5 reais. Já o Tang custa 1 real e rende 1 litro", afirmou ele na ocasião a EXAME.com.

“São mercados para serem explorados, para aumentar o consumo ao longo do dia”, disse o diretor.

Outro motivo para o crescimento é a busca pela economia.

Por conta da instabilidade econômica, consumidores estão migrando do refrigerante para o refresco em pó, uma opção mais barata.

Dados da Kantar, citados pela Mondelez, demonstram que 83% dos ganhos com novos consumidores nesta categoria são provenientes da migração.

"O consumidor está fazendo escolhas mais racionais, buscando alternativas ao refrigerante, que é o produto líder do segmento de bebidas prontas", disse Melo.

O foco da empresa continua sendo as classes C e D. “A categoria de bebidas em pó precisa ser acessível. Se ultrapassarmos um patamar de preços, podemos frear o nosso crescimento”, afirmou o diretor.

Por ano, são consumidos 3,6 bilhões de litros de bebidas em pó, que geram um faturamento de R$ 2,8 bilhões. A Mondelez é líder com 55% de participação no setor.

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