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Como a agenda ESG pode aumentar a relevância e a longevidade das médias empresas brasileiras

O que se percebe no dia a dia das empresas, é que ainda falta muito para que a agenda ESG seja, de fato, implementada, defende André Luis Rodrigues, professor associado da Fundação Dom Cabral

Há grande dificuldade de se implementar ações que tragam resultados efetivos nos três pilares. Faltam políticas e projetos claros, com ações definidas, tanto dentro da empresa quanto junto aos steakholders (Getty Images/Getty Images)

Há grande dificuldade de se implementar ações que tragam resultados efetivos nos três pilares. Faltam políticas e projetos claros, com ações definidas, tanto dentro da empresa quanto junto aos steakholders (Getty Images/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de abril de 2023 às 08h06.

O ESG (Enviroment - ambiental, Social - social e Governance - governança da sigla em inglês) é um tema que vem se tornando cada vez mais relevante, desde sua criação em 2004, com o Pacto Global.

Como traduzir o que é ESG

O ESG pode ser traduzido em conscientização e boas práticas que devemos ter nos seguintes pilares:

Porém, o que se percebe no dia a dia das empresas, é que ainda falta muito para que esse tema seja, de fato, implementado. Estamos vivendo um processo de:

  • Aprendizado
  • Implementação
  • Sistematização

Onde estão os desafios da agenda ESG

A consciência existe, mas há grande dificuldade de se implementar ações que tragam resultados efetivos nos três pilares. Faltam políticas e projetos claros, com ações definidas, tanto dentro da empresa quanto junto aos steakholders. É importante que se forme uma grande rede, que replique e multiplique as ações. Muito se fala, mas pouco ainda se faz.

A conscientização do ESG está mais latente nas novas gerações, que trazem essa consciência como característica da própria faixa etária, principalmente, no pilar social e ambiental. Esses se mostram mais engajados e mais abertos para lidar com o tema dentro das organizações. Portanto, inevitavelmente, nossas empresas atrairão mais talentos à medida que evoluirmos neste tema.

A longevidade de uma companhia depende de vários fatores, mas, fundamentalmente, do comprometimento e engajamento das pessoas. A empresa é um organismo vivo e isso pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização.

Nunca foi tão difícil comprometer e engajar as pessoas. Vivemos tempos em que o colaborador veste a camisa se a empresa tiver valores alinhados com o seus. Se não tiver, ele vai embora. No passado, não muito distante, era o contrário.

Como criar um discurso alinhado à prática

Por isso se faz necessário que a organização tenha, de fato, o discurso coerente com a prática. Fazer o que fala. Não basta ter apenas palavras bonitas na “carta de valores” que fica na parede da recepção.

O discurso tem que ser coerente com a prática. Isso vale também para boas práticas de ESG. No Ambiente: não adianta dizer que a empresa cuida do meio ambiente porque tem coleta seletiva ou adotou uma praça. Cuidar bem das pessoas, não discriminar, no Social e a transparência/ética  na Governança.

As empresas que se alinham às boas práticas do ESG, têm se tornado mais relevantes. Os colaboradores demonstram orgulho de fazer parte e a sociedade percebe que esta empresa é socialmente responsável. Portanto, para se manter relevante e longeva, é fundamental que ela desenvolva boas práticas de ESG.

 O desafio pela frente é grande, mas toda caminhada começa com um primeiro passo. É importante começar.

Quais são as práticas ESG recomendadas

 Pilar Ambiental (E)

  • Crie um comitê multidisciplinar para elencar e colocar boas práticas de cuidados com o meio ambiente na empresa, nas casas dos colaboradores e no entorno da empresa. Deve estar contido no plano de capacitação dos colaboradores desenvolver a consciência para isto.

 Pilar Social (S)

  • Trate bem as pessoas, com cortesia e educação.
  • Se não conseguimos convencer por argumentos questione, positivamente, suas habilidades como líder. Aquela coisa de “manda quem pode e obedece quem tem juízo” já caiu por terra faz tempo.
  • Quebre o paradigma da adversidade, podemos nos surpreender com um alto nível de engajamento e comprometimento das pessoas.

 Pilar Governança (G)

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