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Comissão que pode aditar acordo da J&F está "avançando bem", diz AGU

Acordo de leniência da J&F ficou em xeque após irmãos Batista terem sido acusados de prática de insider trading com base em informações de suas delações

JBS: processadora de carne dos irmãos Joesley e Wesley Batista é controlada pela holding J&F (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: processadora de carne dos irmãos Joesley e Wesley Batista é controlada pela holding J&F (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de abril de 2018 às 18h13.

Última atualização em 16 de abril de 2018 às 18h13.

São Paulo - A ministra-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, confirmou nesta segunda-feira que há uma comissão do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF) que discute a possibilidade de se aditar o acordo de leniência do grupo J&F e destacou que os trabalhos deste colegiado "estão avançando bem".

O comentário de Grace ocorreu durante entrevista coletiva no qual foi anunciado o primeiro acordo de leniência que envolveu a participação das três instituições - AGU, CGU e MPF - e duas agências de publicidade, a Mullen Lowe e a FCB.

Segundo a ministra da AGU, a comissão vai analisar se é preciso rever o acordo firmado com a J&F ano passado, pelo qual o grupo se comprometeu a pagar 10,3 bilhões de reais durante 25 anos em ressarcimentos e multas, como consequência de investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. A holding controla a processadora de carne JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Grace Mendonça disse que os trabalhos da comissão estão "avançando bem", mas não têm prazo definido para encerrar.

Em janeiro, reportagem da Reuters mostrou que a J&F discutia repactuar os termos do acordo de leniência em que os irmãos Joesley e Wesley podem confessar terem cometido os crimes de suposto uso indevido de informações privilegiadas para obtenção de lucros no mercado financeiro, informou na ocasião uma fonte do Ministério Público envolvida diretamente nas tratativas.

O acordo de leniência da J&F ficou em xeque após os irmãos terem sido presos pela Polícia Federal no ano passado, acusados de prática de insider trading com base em informações de suas próprias delações premiadas, que estão com efeitos temporariamente suspensos após o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot tê-los acusado de omitirem informações.

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