COMIC-CON: este ano os fãs dos quadrinhos podem se fantasiar de super-heróis ou vivê-los em realidade virtual / Matt Cowan/Getty Images
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2016 às 21h33.
Última atualização em 20 de novembro de 2018 às 15h47.
Enquanto os americanos vivem a febre do Pokémon Go, o joguinho de realidade aumentada que permite a captura de mostrinhos pelas cidades, os fãs de quadrinhos terão sua Woodstock neste fim de semana. Espera-se que cerca de 130.000 pessoas passem pela Comic-Con, em San Diego na Califórnia.
A indústria dos quadrinhos vive seu melhor momento em 20 anos — as vendas físicas e digitais passaram de 1 bilhão de dólares no ano passando, crescendo 31% desde 2011. Em 2014, a varejista online Amazon comprou a maior distribuidora de quadrinhos digitais, a Comixology, que vende mais de 4 bilhões de páginas de revistas por ano. Mas o maior atrativo dessa indústria está mesmo fora dos “pow” e “zap” das páginas impressas.
Títulos adaptados para o cinema têm gerado bilhões de dólares em receita para as editoras. Só os dois filmes da série Os Vingadores tiveram uma bilheteria de mais de 3 bilhões em todo mundo e Batman: Cavaleiro das Trevas arrecadou mais de 1,5 bilhão.
E a indústria espera arrecadar cada vez mais buscando a imersão digital de seus produtos. Na Comic-Con não deve ser diferente. Na cabine da produtora DC, os visitantes podem andar pelas cidades com a capa e máscara do cavaleiro negro em Batman Arkham. A produtora de filmes Warner Bros vai usar o dispositivo de realidade virtual da Samsung para promover seu mais novo filme Suicide Squad, sobre o “pior time de super-heróis da história”. As iniciativas de realidade aumentada e virtual têm dado frutos, a exemplo do fenômeno Pokémon Go. Uma indústria de histórias tão fantásticas tem tudo para lucrar alto com a tecnologia.