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Começa julgamento do presidente do Deutsche Bank

O banco é acusado de ter precipitado a falência do império Kirch Media, do magnata Leo Kirch, falecido em 2011

Juergen Fitschen, CEO do Deutsche Bank: banco é acusado de ter precipitado a falência do império Kirch Media, do magnata Leo Kirch, falecido em 2011 (Daniel Roland/AFP)

Juergen Fitschen, CEO do Deutsche Bank: banco é acusado de ter precipitado a falência do império Kirch Media, do magnata Leo Kirch, falecido em 2011 (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 14h15.

Munique - Jürgen Fitschen, um dos copresidentes do Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, começou a ser julgado nesta terça-feira por falso testemunho em um caso que pode terminar com uma sentença de prisão.

O banco é acusado de ter precipitado a falência do império Kirch Media, do magnata Leo Kirch, falecido em 2011. Em 2014, o banco pagou quase um bilhão de euros aos sucessores de Kirch para encerrar uma batalha legal de 10 anos.

No julgamento que começou nesta terça-feira, Fitschen e outras quatro pessoas — os ex-diretores Rolf Breuer e Josef Ackermann e os ex-executivos Clemens Boersig e Tessen von Heydebreck — são acusados de falso testemunho em um dos processos que Kirch tentou iniciar contra o banco. Todos alegam sua inocência.

O tribunal de Munique prevê que as audiências de Fitschen e dos outros quatro réus devem prosseguir até setembro. O crime de "fraude em um julgamento" pode ser punido com até 10 anos de prisão.

A justiça acredita que Fitschen e os demais tentaram acobertar as mentiras do banco, que supostamente teria mentido para precipitar a queda do império de Kirch.

Em 2002, em uma entrevista, Breuer levantou dúvidas sobre a solvência do grupo Kirch Media. Poucas semanas depois, a empresa desabou e o posterior desmantelamento do império midiático representou grandes lucros para o banco.

"As coisas poderiam ser um pouco incômodas", admitiu Fitschen, de 66 anos, que preside o banco ao lado de Anshu Jain, em uma entrevista recente à revista Stern.

O banco está imerso em várias batalhas legais, com acusações de manipulação dos mercados de divisas, dos índices Liber e Euribor e de fazer negócios com países que estão sob sanções nos Estados Unidos, como o Irã.

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