Negócios

Com “vocação de interior”, Legacy Investimentos mira R$ 3 bilhões

Escritório de agentes autônomos plugado ao BTG Pactual chegou recentemente a Bauru e São José do Rio Preto

Felipe Dutra, Talles Lima, Mariana Pavanelli, Danilo Silveira e Piero Andrion, da Legacy: primeiro parceiro do BTG em Ribeirão Preto (Divulgação/Divulgação)

Felipe Dutra, Talles Lima, Mariana Pavanelli, Danilo Silveira e Piero Andrion, da Legacy: primeiro parceiro do BTG em Ribeirão Preto (Divulgação/Divulgação)

LA

Lucas Amorim

Publicado em 9 de junho de 2021 às 15h43.

Última atualização em 9 de junho de 2021 às 17h30.

Enquanto o mercado de investimentos vive período de franco crescimento, a Legacy, de Ribeirão Preto (SP), acredita que o melhor jeito de crescer é escolher a dedo. A companhia, plugada à plataforma do banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controladores da Exame), está buscando sócios experientes para novas cidades. A ideia não é ter dezenas de profissionais, mas uma equipe que conheça a realidade de cada região.

 Quer aprender a investir melhor? Inscreva-se no curso Manual do Investidor da EXAME Academy.

A Legacy Investimentos foi fundada em 2019 por um grupo de quatro sócios -- Danilo Silveira, Felipe Dutra, Piero Andrion e Talles Lima. Deste time, Felipe, Piero e Talles trabalharam por mais de uma década no atendimento private do Banco do Brasil e Danilo fez carreira em instituições como Deutsche Bank e XP. Em 2018, conta Talles, eles passaram a ver colegas das instituições financeiras saindo dos bancões para montar escritórios de agentes autônomos.

"Nós atendíamos grandes fortunas com um contato personalizado, e vimos que estávamos perdendo os clientes para esses novos escritórios", diz. "Em julho de 2019 decidimos nós mesmos empreender". Além de ser a melhor solução para os clientes, também era uma escolha para ter uma participação mais ativa nos rumos, e resultados, do empresa. "Era um desafio largar uma carreira de mais de 10 anos, mas vimos oportunidade de levar a nossa visão para um novo negócio", diz Piero.

A escolha pelo BTG foi para se diferenciar no mercado -- eles seriam os primeiros parceiros numa cidade importante como Ribeirão Preto. Além disso, o banco de investimentos possibilitava uma oferta de produtos que casava bem com o perfil da economia da região. Os clientes da Legacy são médicos e advogados, mas sobretudos empresários ligados ao agronegócio -- que precisam também de atendimento na pessoa jurídica, com crédito, proteção cambial e outros serviços mais sofisticados.

É um perfil de clientes que o quarteto fundador conhece bem, e que está norteando a estratégia de expansão. A segunda praça escolhida pela Legacy foi Bauru, também no interior paulista. A sócia local é Mariana Pavanelli, ex-especialista de investimentos do banco Santander. "Buscamos pessoas com experiência e que comungam de nossa cultura", diz Talles.

Com a mesma estratégia, a Legacy está montando escritório também em São José do Rio Preto. O passo é dado com Arcileu Ramos Bosque e Fabiano Benvindo, sócios locais com experiência no mercado regional e que conhecem bem seu perfil de público. Com o mesmo perfil foi recrutado recentemente Fabio Euzebio, outro ex-diretor do Banco do Brasil em Ribeirão Preto.

"Temos vocação de interior", diz o empreendedor. É uma estratégia que também permite crescer apesar do cenário macro desafiador. O agronegócio, afinal de contas, vem puxando a economia brasileira especialmente neste cenário de pandemia.

A meta é chegar a 3 bilhões de reais sob gestão até o final de 2022. Está nos planos no médio prazo também a expansão para cidades como Presidente Prudente, Araraquara, Franca. Sempre escolhendo empreendedores locais a dedo. A melhor forma de crescer rápido, para a Legacy, é com passos bem calculados.

Fique por dentro das principais tendências. Assine a EXAME.

Acompanhe tudo sobre:BTG PactualInvestimentos de empresasRibeirão Preto (SP)

Mais de Negócios

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda

Quais são os 10 parques de diversão mais visitados da América Latina — 2 deles são brasileiros