Magazine Luiza: No primeiro semestre, a empresa faturou 9 bilhões de reais, 38% acima do mesmo período de 2017
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2018 às 06h29.
Última atualização em 5 de novembro de 2018 às 06h50.
Uma das estrelas da B3, a varejista Magazine Luiza, divulga seus resultados trimestrais após o fechamento do mercado desta segunda-feira. Nos últimos 12 meses, as ações da companhia subiram 150%, num período em que o índice Ibovespa valorizou 20%. Com a eleição de Jair Bolsonaro e as boas perspectivas para a bolsa brasileiras nas próximas semanas, o Magazine Luiza deve continuar sua escalada.
“O balanço da Magazine Luiza é sempre aguardado com muita expectativa, já que possui bom histórico em surpreender investidores e analistas. Este trimestre não deve ser diferente, mas o repasse do efeito cambial nos preços deve trazer algum impacto”, dizem analistas da corretora Elite.
No primeiro semestre, a empresa faturou 9 bilhões de reais, 38% acima do mesmo período de 2017 e lucrou 288 milhões de reais, 120% na mesma base de comparação. Segundo a XP Investimentos, as vendas online devem avançar 55% no trimestre a ser divulgado hoje, enquanto as vendas em lojas abertas há mais de um ano devem ter avançado 16%. A receita líquida deve crescer 28%, para 3,7 bilhões de reais. Mas um ponto de atenção deve vir da margem EBITDA (lucro antes de impostos e amortizações) que deve cair de 8,8% para 7,3%.
A leitura é que a competição, especialmente online, tem forçado a empresa a investir e a cortar preços. No primeiro semestre de 2018, a margem bruta caiu 0,9 ponto percentual, para 29,4%. No segundo trimestre a empresa vendeu 4,6 bilhões de reais, seu melhor desempenho dos últimos cinco anos. O e-commerce foi o maior responsável – as vendas online subiram 66% ante 34% das lojas físicas.
Para 2019, a grande dúvida é como fica a companhia que se mostrou uma campeã da crise. Se as estimativas de analistas estiverem corretas, a partir de 2019 a economia brasileira deve voltar a acelerar. Mesmo com a forte alta dos últimos anos, as ações do Magazine Luiza seguem nas carteiras de recomendações de analistas, como na das corretoras Elite, Coinvalores, Nova Futura e BB Investimentos. O papel também está no chamado ‘kit eleições’, uma cesta de ativos de setores mais sensíveis ao panorama político, como de energia, bancos e varejo.
Mas todo o crescimento recente levou as ações para um patamar de preço que preocupa alguns analistas. “Temos uma visão positiva para a empresa, mas depois da forte valorização das ações, acreditamos que boa parte desse crescimento já esteja refletido nos papeis”, afirma Betina Roxo, analista da XP Investimentos.