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Com venda de ações da BR Distribuidora, Petrobras foca pré-sal

A venda de 30% do capital da subsidiária BR Distribuidora em ações fará Petrobras perder o controle da subsidiária e ganhar R$ 8,6 bilhões

Petrobras: menos foco na distribuição e mais atenção à exploração de petróleo em águas profunda (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: menos foco na distribuição e mais atenção à exploração de petróleo em águas profunda (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2019 às 07h13.

Última atualização em 24 de julho de 2019 às 10h39.

O Conselho de Administração da companhia aprovou, na noite desta terça-feira 24, a venda de ações correspondentes a 30% do capital da BR Distribuidora, subsidiária de distribuição e comercialização de combustíveis por 8,6 bilhões de reais. Um dispositivo no acordo pode elevar a venda a 35% do capital da empresa e os valores da operação podem chegar a 9,6 bilhões de reais.

A BR Distribuidora tem 7.700 postos de combustível, além de operar em 99 aeroportos. A venda tira da Petrobras o controle da BR Distribuidora e é mais um passo no programa de desinvestimentos na estatal. Em junho, a companhia vendeu 90% das operações da TAG, subsidiária de gasodutos, por 33 bilhões de reais.

Os próximos passos devem ser a venda de oito das 13 refinarias da companhia, assim como a venda da distribuidora Liquigás, em agosto. Estão na lista ainda os campos de petróleo maduros em terra e águas rasas, 15 usinas térmicas, redes de postos em outros países.

Em entrevista à atual edição da revista EXAME, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, afirmou que o plano é ter uma empresa especializada na exploração em águas profundas, menos endividada e mais lucrativa, repassando à iniciativa privada negócios que fujam deste foco.

Castello Branco destacou as ações para abrir o monopólio no refino e no gás. A prioridade será a retomada dos investimentos na camada do pré-sal, que pode levantar, segundo o governo, de 500 bilhões a 1 trilhão de dólares nos próximos anos.

Nesta toada, a estatal não pretende mudar a política de precificação, com base em cotações internacionais. A partir desta quarta-feira a empresa reduz em 9,8% o preço médio do GLP industrial e comercial, vendido nas refinarias em embalagens acima de 13 kg. É o primeiro ajuste no preço do insumo desde 25 de abril, quando houve uma alta de 6%.

A venda fez com que as ações da BR se valorizassem e puxasse o índice Ibovespa para cima na manhã desta quarta-feira, 24.

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