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Com urnas eletrônicas e vendas corporativas, Positivo se protege de queda no mercado de PCs

Nos resultados do segundo trimestre de 2022, a companhia atingiu 59% da receita vinda da divisão que chama de corporate, que abarca empresas e instituições públicas

Fábrica da Positivo em Manaus: a empresa tenta deixar de ser refém do varejo desde 2018, quando apostou nas maquininhas de cartão e nos servidores (Positivo/Divulgação)

Fábrica da Positivo em Manaus: a empresa tenta deixar de ser refém do varejo desde 2018, quando apostou nas maquininhas de cartão e nos servidores (Positivo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de agosto de 2022 às 08h41.

A Positivo Tecnologia sempre foi conhecida pela venda de computadores para consumidores no varejo, apesar de ter tradição no comércio para governos desde a sua fundação, em 1989. Nos resultados do segundo trimestre de 2022, a companhia atingiu 59% da receita vinda da divisão que chama de corporate, que abarca empresas e instituições públicas. As vendas no varejo foram apenas 20% do faturamento, enquanto a venda de urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representou 21%.

A empresa tenta deixar de ser refém do varejo desde 2018, quando apostou nas maquininhas de cartão e nos servidores, além de ampliar a divisão de aluguel de computadores para empresas, área que cresceu 126%.

Segundo a consultoria IDC, o número de vendas do mercado de PCs no País caiu de 15,8 milhões de unidades em 2011 para apenas 5,5 milhões em 2018. Em 2021, o número foi de 8,7 milhões de máquinas, mas a estimativa para este ano é de que o mercado tenha queda de 3,2% nas vendas. "A não dependência de produtos e mercados foi vital para nós. Mas não abandonamos o mercado de consumo, continuamos fortes com as marcas de notebooks Compaq e de celulares Infinix, que são novas", diz Hélio Rotenberg, presidente da Positivo.

Globalmente, as empresas que lideram as vendas de computadores e notebooks são a chinesa Lenovo, e as americanas HP e Dell. A taiwanesa Acer a americana Apple ficaram, respectivamente, na quarta e na quinta colocações, segundo a IDC, conforme dados do segundo trimestre de 2022.

BALANÇO

No segundo trimestre deste ano, o faturamento da Positivo subiu 104% ante o mesmo período em 2021, atingindo R$ 1,92 bilhão. O lucro líquido da empresa foi de R$ 90 milhões, um salto anual de 82%. O segmento que mais cresceu no período foi o de máquinas de pagamento, que teve faturamento 259 vezes maior do que no segundo trimestre de 2021.

Em termos porcentuais, o maior crescimento de unidade de negócios da Positivo foi em servidores. O salto foi de 616% e, segundo Rotenberg, a tendência de alta vai continuar. "Nós vemos uma oportunidade ainda maior em servidores, com serviços de computação de borda para empresas, devido à chegada da internet 5G", afirma.

Com o crescimento no segundo trimestre, a Positivo ampliou sua expectativa de receita anual para um intervalo entre R$ 5,5 bilhões a R$ 6,5 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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