Gripe suína: embora muitas vezes fatal para os porcos, a ASF não afeta os seres humanos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) (Denis Doyle/Getty Images)
Reuters
Publicado em 17 de agosto de 2018 às 12h01.
Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 12h02.
Pequim - A China ordenou que a maior produtora de carne suína do mundo, o WH Group, feche um grande matadouro enquanto as autoridades tentam conter a disseminação da peste suína africana (ASF) após um segundo surto em duas semanas no país, que tem o maior rebanho de suínos do mundo.
A descoberta de porcos infectados na cidade de Zhengzhou, na província de Henan, a cerca de mil quilômetros do primeiro caso registrado na China, empurrou os preços de suínos para baixo nesta sexta-feira e despertou o temor de novos surtos de saúde animal - bem como preocupações de segurança alimentar entre o público.
Embora muitas vezes fatal para os porcos, sem vacina disponível, a ASF não afeta os seres humanos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
A ASF foi detectada na Rússia e na Europa Oriental, bem como na África, embora nunca antes no Leste Asiático, e é uma das doenças mais devastadoras a afetar os suínos. Ela ocorre entre rebanhos comerciais e javalis, é transmitida por carrapatos e contato direto entre animais, e também pode "viajar" via alimentos contaminados, ração animal e viajantes internacionais.
O grupo informou em comunicado que as autoridades municipais de Zhengzhou ordenaram um fechamento temporário de seis semanas do matadouro depois que cerca de 30 suínos morreram devido à doença altamente contagiosa na quinta-feira. A fábrica é uma das 15 controladas pelo maior processador de carne suína da China, a Henan Shuanghui Investment & Development, uma subsidiária do WH Group.
As autoridades da cidade de Zhengzhou proibiram toda a movimentação de suínos e produtos suínos dentro e fora da área afetada pelas mesmas seis semanas.
Reportagem adicional de Jianfeng Zhou, Hallie Gu e Ben Blanchard, em Pequim, Luoyan Liu, em Xangai, Jane Chung, em Seul, e Yuka Obayashi, em Tóquio