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Com sócios, Logz investe R$ 1 bilhão em projetos

Dinheiro será utilizado para a construção de um terminal e na expansão de empreendimentos


	Logística: Logz pretende investir R$ 1 bi na área nos próximos anos
 (Getty Images)

Logística: Logz pretende investir R$ 1 bi na área nos próximos anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 07h53.

São Paulo - Quando a novata Logz Logística nasceu, em janeiro de 2010, o setor portuário vivia sob intensa incerteza regulatória. Na época, uma decisão do governo federal havia interrompido um dos mais promissores ciclos de investimentos privados no setor com a justificativa de concorrência desleal com os terminais arrendados nos portos públicos.

Ainda assim, a Logz apostou numa reviravolta e se associou a importantes projetos, como o Porto de Itapoá e o Terminal de Santa Catarina (Tesc).

Hoje, com os novos rumos traçados pelo modelo portuário - aprovado no primeiro semestre de 2013 -, o apetite da empresa (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) foi renovado. Com seus parceiros, vai investir mais de R$ 1 bilhão na construção de um terminal e na expansão de empreendimentos existentes.

Os planos não param por aí: a empresa tem mais R$ 850 milhões em caixa para garimpar negócios Brasil afora. Pode ser participação em novos projetos, como a construção de um terminal na Região Norte, ou a aquisição de ativos.

Dos investimentos já definidos, o Terminal de Grãos de Santa Catarina (TGSC) vai custar cerca de R$ 500 milhões e representará importante rota para desafogar os portos públicos do Sudeste na exportação de grãos. O empreendimento será erguido ao lado do Porto de São Francisco do Sul (SC) e terá capacidade para movimentar 8 milhões de toneladas/ano - metade da movimentação do Porto de Paranaguá neste ano, um dos mais tradicionais do País.

A empresa aguarda a liberação da licença de instalação para iniciar as obras, que devem durar 18 meses. “A expectativa é que a autorização saia em um mês”, prevê o diretor corporativo da Logz, Marcelo Muniz.

Nesse empreendimento, a companhia terá como sócia a chinesa Hope Full, uma das maiores esmagadoras de soja. Pelo projeto, o terminal será ultramoderno, com a instalação de dois ship loaders (sistema de carregamento de grãos) e duas esteiras. O terminal será atendido tanto por rodovia como pelos trilhos (no caso, da ALL).

O TGSC será erguido ao lado de outro empreendimento da Logz, com sócios. O Tesc, terminal privado dentro do porto público de São Francisco do Sul, também será expandido. Receberá cerca de R$ 150 milhões, num projeto que tem o objetivo de captar novas cargas da região, cujo potencial está calculado em 12 milhões de toneladas.

Mundo ideal

Do outro lado da Baía de Babitonga encontra-se a menina dos olhos da Logz: o Porto de Itapoá, considerado um dos mais modernos na movimentação de contêineres, com equipamentos de última geração e calado (profundidade)ideal para receber os maiores navios do mundo.

Acionista do grupo, que inclui Hamburg Süd e Battistella, a Logz participará do investimento de cerca de R$ 400 milhões para dobrar a atual capacidade de Itapoá, de 500 mil para 1 milhão de teus (unidade padrão equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano.

A obra de 12 meses depende de audiência pública e autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “A expansão já estava prevista no projeto original do porto. Quando atingisse a capacidade total, faríamos os investimentos. O momento chegou”, diz Muniz.

Em operação desde junho de 2011, Itapoá ficou mais de seis meses operando com limitações por falta de estrada. O governo de Santa Catarina não conseguiu concluir a tempo as obras da rodovia SC-415, que dá acesso ao terminal.

Segundo Muniz, os planos da empresa para o setor portuário são otimistas. “Além dos projetos já definidos, estamos no início de um novo fundo (de R$ 850 milhões) para investimentos.”

Entre os negócios que enchem os olhos da empresa estão projetos logísticos que integrem a rota para o Norte - que vão liberar os portos do sul e criar porta de saída do Brasil para o exterior. “Acho que em seis meses podemos ter algum empreendimento constituído.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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