Negócios

Com Sagatiba, Gruppo Campari estreia no mercado de cachaça

Aquisição da cachaçaria premium brasileira é a primeira feita pelo companhia italiana no segmento de aguardente

Campari: aquisição de Sagatiba diversifica portfólio do grupo italiano de bebidas (foto/Getty Images)

Campari: aquisição de Sagatiba diversifica portfólio do grupo italiano de bebidas (foto/Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 16h16.

São Paulo – A aquisição da Sagatiba, cachaçaria brasileira que atua no segmento premium, é a primeira feita pelo Gruppo Campari no segmento de aguardente. O negócio anunciado, na última quarta-feira (3/8), reforça a estratégia do grupo italiano de diversificar seu portfólio de bebidas.  O negócio foi fechado por 26 milhões de dólares.

Paolo Perego, presidente da Campari no Brasil, afirma que  a escolha pela marca Sagatiba não poderia ter sido melhor. “O segmento de cachaça premium vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro e aguardente já representa 55% do mercado de bebidas destiladas no país”, disse o executivo a EXAME.com.

Segundo ele, neste primeiro momento não será feito nenhum investimento para aumentar a produção da cachaça, mas, no futuro, a marca poderá estar presente em boa parte dos 190 países onde o grupo Campari está presente. “Temos potencial para levar a Sagatiba a outros mercados, mas neste momento nosso foco é o Brasil”.

A marca de cachaça já está presente em países, mas dois terços da produção são destinados ao mercado interno e o restante exportado para outras regiões. A Sagatiba atingiu a venda de 112 mil (caixas de nove litros) em 2010. “Estamos totalmente equipados para atender a demanda”, afirmou Perego.

Além dos 26 milhões de dólares pagos pela marca, o acordo de compra prevê também um valor adicional de 7,5% das vendas anuais da Sagatiba nos próximos oito anos.

Nos seis primeiros meses do ano, a Campari registrou lucro de 107 milhões de dólares, o valor é quase 10% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita da companhia somou quase 600 milhões de euros.

Acompanhe tudo sobre:DiversificaçãoFusões e AquisiçõesInvestimentos de empresasNegociações

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'