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Com realidade aumentada e franquia barata, PremiaPão quer faturar R$ 9 mi

Fundada em 2015, franquia de publicidade em embalagens de pães faturou R$ 7 milhões em 2021. Meta é atingir 500 franqueados até 2023 e aumentar o faturamento em 25%

Embalagem da PremiaPão: em cada saquinho vão até 34 publicidades (PremiaPão/Divulgação)

Embalagem da PremiaPão: em cada saquinho vão até 34 publicidades (PremiaPão/Divulgação)

Tem um ditado no mundo do empreendedorismo que diz que mais do que ser pioneiro em algo, tem mais sucesso quem faz o que já existe só que melhor. A história do empreendedor Raphael Mattos, fundador da rede de franquias PremiaPão, especializada em publicidade em sacos de pão, é um exemplo disso.

Isso porque a primeira vez que Raphael teve contato com o modelo de negócio da PremiaPão, baseado em mídia em saquinhos de pão, foi como franqueado. Na época, Raphael atuava como auditor em uma multinacional em Recife (PB), mas guardava o sonho de empreender. "Minha família é de empreendedores, foram donos de uma franquia chamada Camarão e Companhia, então, eu já conhecia o mundo do franchising", diz.

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Porém, a virada de chave viria apenas em meados de 2014, quando a esposa de Raphel engravidou e ele decidiu que era hora de abrir o próprio negócio antes que fosse tarde demais. Pesquisando franquias baratas na internet, o pernambucano encontrou o negócio de publicidade em sacos de pão.

"O modelo de negócio me chamou a atenção porque era algo bastante diferente e, bem, padaria era algo que nunca vai deixar de existir", diz.

Porém, a experiência como franqueado não foi das melhores. Além de não oferecer nenhum suporte para a rede, a franqueadora tinha uma série de irregularidades. "Eles usavam nota fria, não cobravam royalties, era uma bagunça. Nós estávamos felizes com o negócio em si, vendendo anúncios para clínicas, salões de beleza e outros comércios, mas percebemos que, com aquele franqueador, não iria dar certo", diz.

Confiante do modelo de negócios, em 2015, então, Raphael fundou a PremiaPão. Para se diferenciar, desde o começo, todo saquinho da PremiaPão, no qual cabem até 34 anunciantes, vem com prêmios. "Principalmente no início apostamos muito no marketing promocional. Não fomos os pioneiros, mas criamos um modelo para chamar ainda mais atenção", diz.

Desde então, a rede acumulou 100 franqueados e, só em 2021, faturou R$ 7 milhões. Porém, a PremiaPão tem metas ambiciosas: até 2023 pretende chegar a 500 unidades e aumentar o faturamento em 25%, atingindo R$ 9 milhões.

Franquias baratas e tecnologia 

A primeira aposta para atingir o plano foi lançada em março deste ano, um novo modelo de franquias da PremiaPão mais baratas. Com investimento inicial a partir de R$ 6 mil, o novo formato é voltado para cidades com até 50 mil habitantes. Por isso conta com valor 50% mais baixo do que a versão tradicional, para regiões com mais de 100 mil habitantes.

"Para alcançar a meta de 500 unidades tínhamos consciência que era preciso lançar um produto mais acessível. Fora isso, muitos dos nossos franqueados começaram a fazer um trabalho com microcidades ao redor da sua principal. Daí vimos o potencial dessas regiões menores", afirma.

Para o novo modelo, o número de tiragem foi reduzido para que o negócio se tornasse viável para os franqueados. "O faturamento está atrelado ao número da tiragem, então, em regiões menores, ele precisou ser adaptado", diz.

Outra aposta para continuar crescendo foi investir em realidade aumentada. Para isso, a PremiaPão desenvolveu um aplicativo para que, por meio de QR Code, os consumidores consigam apontar a câmera do celular para os saquinhos de pão e, dali, serem direcionados para vídeos promocionais das marcas que estão anunciando na embalagem.

"Fizemos isso de olho em tendências atuais, como o metaverso. Nosso objetivo é, no futuro, que os clientes acessem as propagandas diretamente na tela do celular. Além de aumentar o contato do consumidor com a marca, isso possibilita um melhor acompanhamento dos resultados das campanhas de marketing", finaliza Raphael.

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