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Com queda de preços, Vale poderá cortar mais investimentos

Com o pior desempenho no ano entre as três maiores do mundo, empresa deve promover o maior corte de investimentos desde 2009


	Mina da Vale: em setembro, as ações da empresa caíram ao nível mais baixo em quase três anos
 (Agência Vale/Divulgação/VEJA.com)

Mina da Vale: em setembro, as ações da empresa caíram ao nível mais baixo em quase três anos (Agência Vale/Divulgação/VEJA.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 08h08.

São Paulo - A Vale SA, mineradora com o pior desempenho no ano entre as três maiores do mundo, deve promover o maior corte de investimentos desde 2009 diante da sinalização de que os preços de minério devem cair por quase três anos.

A maior produtora mundial de minério de ferro deve anunciar um plano de negócios de US$ 15,3 bilhões para o próximo ano em 3 de dezembro, menos do que a previsão inicial de US$ 16,8 bilhões em setembro, de acordo com estimativas de nove analistas ouvidos pela Bloomberg.

A redução de 29 por cento em relação aos US$ 21,4 bilhões previstos para este ano seria a primeira desde 2009, quando a Vale anunciou, no meio do ano, um corte de 36 por cento em gastos previstos, para cerca de US$ 9 bilhões.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira está vendendo ativos, procurando parceiros e cancelando projetos não lucrativos depois que, em setembro, as ações da Vale caíram ao nível mais baixo em quase três anos, à medida que a desaceleração da economia chinesa mina a demanda.

O orçamento mais magro da empresa sediada no Rio irá provavelmente ajudar a reforçar a confiança dos investidores de que seu plano irá melhorar as margens de lucro, disse Rene Kleyweg, da Renaissance Capital.

“O presidente está começando a tomar as decisões corretas em termos de cortes de custos e disciplina de capital”, disse Kleyweg, analista de ações da Renaissance, em entrevista por telefone de Johanesburgo, em 27 de novembro. “A Vale é uma empresa melhor do que era dois anos atrás.”

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