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Com perfume, Cartier busca novo público

Famosa por suas luxuosas joias e relógios, a centenária casa francesa Cartier entra na divisão de perfumes com a nova fragrância La Panthère

La Panthère, perfume da Cartier: o produto remonta ao emblemático símbolo da marca, a pantera (Divulgação/Cartier)

La Panthère, perfume da Cartier: o produto remonta ao emblemático símbolo da marca, a pantera (Divulgação/Cartier)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 09h25.

Última atualização em 28 de novembro de 2019 às 16h04.

São Paulo - Famosa por suas luxuosas joias e relógios, a centenária casa francesa Cartier faz nesta terça-feira, 1, no Brasil mais um lançamento do que chama de “porta de entrada para o sonho Cartier” - a divisão de perfumes.

A nova fragrância, La Panthère, remonta ao emblemático símbolo da marca, a pantera, além de ser o apelido de Jeanne Toussaint, diretora artística da Cartier nos anos 1930, que era fascinada pelo animal.

Envolto em uma luxuosa embalagem que exibe a fronte de uma pantera esculpida tal qual um diamante, o perfume traz aromas de gardênia e almíscar, no que a Cartier chama de “floral felino”.

“Queremos que, se você comprar o La Panthère, no ano que vem talvez compre seu primeiro relógio, depois sua primeira joia, depois seu anel de noivado - esse é o sonho Cartier”, diz Paul Petit, vice-presidente das Américas da Cartier Fragrâncias.

Para Sílvio Passarelli, diretor do programa de gestão de luxo da FAAP, a estratégia de “produtos de entrada” é tradicional entre grandes grifes, pois oferece ao consumidor a mesma experiência a um preço mais acessível.

“A Cartier é uma marca icônica, cujo carro-chefe é joalheria, mas produtos de valor menor, como óculos, perfumes e acessórios de couro carregam dentro de si todo o prestígio. É um universo iconográfico”, diz.

O Brasil é o segundo maior mercado na América Latina, atrás da Colômbia. Globalmente, está entre os 15 maiores da divisão. A marca, criada em 1847, chegou ao Brasil na década de 1970, mas não alcançou muita expressividade.


Há dois anos, no entanto, mostrou que “veio para ficar de vez”, com a abertura de duas lojas - uma no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo e, neste ano, uma no Village Mall, no Rio.

“Ainda somos uma marca muito exclusiva, de alta perfumaria, mas tivemos um crescimento muito grande no último ano”, diz Petit. Ele não abre números, mas afirma que quer dobrar os negócios no País em dois anos e colocar o La Panthère entre os três maiores de sua categoria.

Para isso, diz, a chave é a distribuição. “Resolvemos colocar nosso produtos na Sephora (loja de beleza e cosméticos), além de trabalhar com clientes mais exclusivos, para ganhar mais visibilidade”, diz. Como concorrentes, Petit diz que as marcas são as mesmas em todos os países - Chanel, Hermés, Burberry, entre outros.

“Hoje, há muitas opções, mas é um mercado de vida curta. Isso não é o que somos, somos uma casa de 150 anos. Queremos oferecer um produto que daqui a 30 anos seja relevante”, diz. A versão de 79 ml sai por R$699; a de 50 ml, por R$499 e a de 30 ml, por R$ 398. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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