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Com pandemia, Boeing tem fortes perdas no 2º trimestre

Gigante aeroespacial sofreu uma perda de US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, refletindo a queda nas entregas de aeronaves

Boeing: no início deste ano, a Boeing já havia anunciado um corte de 10% em seu quadro de funcionários (Paulo Whitaker/Reuters)

Boeing: no início deste ano, a Boeing já havia anunciado um corte de 10% em seu quadro de funcionários (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de julho de 2020 às 11h29.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 11h30.

A Boeing informou, nesta quarta-feira (29), uma perda maior do que o esperado e abre caminho para mais cortes na produção de aviões, devido à queda da demanda provocada pela pandemia de coronavírus.

O gigante aeroespacial sofreu uma perda de US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, refletindo a queda nas entregas de aeronaves, em função das restrições impostas a voos comerciais. A receita caiu 25%, a US$ 11,8 bilhões.

O diretor-executivo Dave Calhoun disse que a empresa reduzirá sua carga horária de produção de aviões e deixará, progressivamente, de fabricar o icônico modelo 747. Alertou também que a empresa tem de "avaliar ainda mais o tamanho" de sua força de trabalho.

Essas palavras abrem as portas para novas demissões. No início deste ano, a Boeing já havia anunciado um corte de 10% em seu quadro de funcionários.

Calhoun também informou que a Boeing aumentará a produção do modelo 737 mais lentamente do que o previsto no plano anterior.
As aeronaves 737 MAX da Boeing foram proibidas de voar desde março de 2019, depois de dois acidentes fatais. Ainda assim, a empresa retomou alguns trabalhos deste modelo em maio, após vários meses sem atividade.

A Boeing também reduzirá a produção dos 777 e 787 e deixará de produzir o 747 em 2022.

"Nosso compromisso com o cliente não termina na entrega, e continuaremos apoiando as operações e a manutenção do 747 no futuro", frisou Calhoun.

Embora os negócios de aviões comerciais da Boeing tenham sido afetados pela pandemia, a empresa informou que manteve o mesmo volume de receita nos setores de defesa e espaço que no mesmo período do ano passado.

Calhoun afirmou que essas áreas asseguraram "uma certa estabilidade no curto prazo", à medida que a empresa adota "medidas difíceis, mas necessárias" para se adaptar às "novas realidades do mercado", acrescenta o comunicado da Boeing.

As ações subiam 1,5% nas negociações prévias à abertura do mercado.

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