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Com iPhones em queda, Apple quer mostrar por que vale US$ 1 trilhão

Como no último balanço divulgado a receita gerada com os smartphones caiu 15%, empresa tenta diversificar seu negócio

Apple: em janeiro, empresa divulgou que seus números eram 7 bilhões de dólares menores que o do trimestre anterior por causa da queda na venda de iPhones na China (Aly Song/Reuters)

Apple: em janeiro, empresa divulgou que seus números eram 7 bilhões de dólares menores que o do trimestre anterior por causa da queda na venda de iPhones na China (Aly Song/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2019 às 06h25.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 06h56.

Tentando mostrar que não é feita só de iPhones, a empresa de tecnologia Apple anuncia nesta terça-feira seus resultados para os três primeiros meses de 2019, seu segundo trimestre fiscal do ano.

Analistas de mercado esperam que a companhia – primeira empresa a atingir valor de mercado de 1 trilhão de dólares (e hoje na casa dos 960 bilhões) – anuncie lucro de 2,37% por ação e faturamento de cerca de 58 bilhões de dólares. Em janeiro, quando divulgou números pela última vez, a companhia de Cupertino anunciou faturamento 5% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento gerado com os celulares iPhone caiu 15% em relação a 2018, enquanto a renda total com os outros serviços e produtos subiu 19%.

De modo geral, o mercado de smartphones está mais fraco com a desaceleração econômica global. Em 2018, Samsung e Apple, perderam espaço no mundo enquanto a chinesa Huawei, terceira maior empresa do segmento, com 8,56% do market share, cresceu cerca de 35%. A Samsung, que possui 31,49% do mercado, teve queda de 9% nas vendas, e a Apple, segunda colocada, com 22,35% do setor, viu o número de iPhones vendidos cair 5%.

Antes de a Apple revelar seus números, a Samsung divulgou seu balanço do trimestre na segunda-feira 29, com o pior resultado em dois anos. Os lucros caíram quase pela metade no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, de 15,6 trilhões de won sul-coreano para 6,2 trilhões (cerca de 5,3 bilhões de dólares). O faturamento da sul-coreana com o negócio de celulares também teve queda de 40%. A aposta da Samsung para 2019 é tentar reaquecer o mercado com seu novo smartphone com tela dobrável e tecnologia de internet 5G, o Galaxy Fold — que, para azar da empresa, teve de ter as vendas adiadas após problemas na tela.

A Samsung espera um segundo semestre melhor ao diversificar os negócios para áreas de tecnologia automotiva, inteligência artificial e saúde. E a Apple segue este mesmo caminho de diversificação. No final de março, a empresa californiana anunciou novos produtos e serviço para além do iPhone. O principal lançamento foi o Apple TV Plus, o serviço de streaming original da empresa que terá produções próprias e quer brigar com Netflix e Amazon Prime Video. Uma plataforma integrada de jogos, o Apple Arcade, o novo projeto de jornalismo, o Apple News Plus e até mesmo um cartão de crédito da companhia foram apresentados ao público.

O balanço desta terça-feira será o último sem incluir os números destes novos serviços da empresa. É esperado que a venda de smartphones tenha caído, como aconteceu com a Samsung. O que a companhia de Steve Jobs precisa fazer é convencer os investidores a permanecerem no barco enquanto suas novas apostas ainda não dão retorno.

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