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Com iFood e Numenu, startup transforma a cara dos condomínios

Criada há dois anos, hoje a Lar.app atende 75 condomínios e oferece serviços como armários do iFood e mercados do Numenu

Lar.app: morador usa aplicativo d exercícios Queima Diária (Lar.app/Divulgação)

Lar.app: morador usa aplicativo d exercícios Queima Diária (Lar.app/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 10h39.

Condomínios pouco eficientes e muitos espaços subutilizados. Ao passar mais tempo em casa, esses problemas começaram a incomodar mais moradores e síndicos. A Lar.app, startup de administração de condomínios, cresce ao oferecer uma gestão mais eficiente e serviços como armários refrigerados do iFood, mini mercados e assinaturas de ração de cachorro.

Criada há dois anos, hoje a Lar.app atende 75 condomínios. No último ano, a empresa cresceu 320% em faturamento, impulsionada principalmente pela pandemia. "Com o lockdown, vários mercados digitais atingiram maturidade", diz Rafael Lauand, presidente da Lar App. Além do desenvolvimento do mercado digital, de uma forma geral, o Lar App também se beneficiou do home office e do tempo maior que as pessoas estão passando em casa.

Entre as marcas que já implementaram seus serviços dentro de condomínios administrados pela Lar.app estão o app de contratação de serviços GetNinjas, o Balance BRF, que tem entrega gratuita de ração para cachorro, a plataforma de exercícios Queima Diária, o app de gestão financeira Mobills, a Creditas, de consignado e antecipação salarial, Salú, com telemedicina 24h por dia, Leroy Merlin, Mobly, Posher, de beleza em casa, iFood (ifood box), Numenu, com conveniência e mercado em condomínios. Desde abril deste ano a marca já fechou cerca de 11 parcerias. A expectativa é fechar o ano com 20 parcerias. 

Muitos serviços da Lar.app são oferecidos por meio de um aplicativo agregador, sem nenhuma mudança física nos condomínios. Outros serviços, porém, ganham espaços físicos dentro do condomínio, como os armários refrigerados do iFood e os mercados da Numenu.

"Sabemos que há muitos espaços comuns não utilizados em condomínios e que são caros, já que não há pagamento de aluguel por aqueles metros quadrados", afirma o presidente. Então ao usar esses espaços com novos serviços, a startup tenta trazer mais receitas e valor para o condomínio. A Lar App não cobra comissão pelos serviços, mas sim uma mensalidade dos condomínios pela administração e serviços.

No ano passado, a startup levantou uma rodada de 4 milhões de reais de investimentos, liderada pela Global Founders Capital, gestora dos fundadores da Rocket Internet. O desafio é grande. São mais de 200.000 condomínios no Brasil e o mercado de gestão movimenta 50 bilhões de reais por ano, mas a administração de condomínios ainda é feita de maneira analógica e pouco profissional. Softwares de gestão de clientes, os ERPs, surgiram nesse segmento há apenas 10 anos, diz Lauand, e nem 1% dos condomínios guarda dados na nuvem. 

Como o mercado de condomínios é muito pulverizado, a Lar.app aposta em conteúdo para encontrar novos clientes. O mercado de síndicos profissionais é de apenas 10% do total. Então, quando um morador ou profissional inexperiente se torna síndico do prédio, normalmente busca informações na internet - e a Lar.app tem alguns ebooks e conteúdos específicos sobre esse processo. Dessa forma, a startup também consegue vender seu serviço de gestão. A startup nasceu com a gestão financeira, mas no último ano implementou diversos serviços para os condomínios.

Desde o início, o objetivo da Lar.spp já era que o condomínio fosse um centro de economia compartilhada. De acordo com Lauand, os condomínios são espaços compartilhados por definição, então faz sentido incluir ainda mais serviços. "Assim, a experiência dentro do condomínio é melhor, pequenos problemas do dia a dia são resolvidos em casa e nossos parceiros têm acesso a mais consumidores", diz o presidente.

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