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Com dívidas de R$2 bi, Galvão aprovará plano com credores

Grupo Galvão deve aprovar plano de recuperação judicial essa semana em assembleia com credores


	Galvão Engenharia: grupo deve aprovar plano de recuperação judicial essa semana em assembleia com credores
 (Divulgação/ Galvão Engenharia)

Galvão Engenharia: grupo deve aprovar plano de recuperação judicial essa semana em assembleia com credores (Divulgação/ Galvão Engenharia)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 11h26.

São Paulo - O Grupo Galvão irá aprovar, junto a seus credores, o plano de recuperação judicial nessa sexta-feira. O grupo irá vender ativos para pagar suas dívidas e se reestruturar.

A Assembleia Geral de Credores será retomada no dia 28 de agosto, pois alguns credores pediram mais tempo para analisar os termos do plano de recuperação da Galvão Engenharia SA e Galvão Participações.

O documento foi apresentado à Justiça em março. As dívidas das duas empresas somam praticamente 2 bilhões de reais e dois dos seus maiores credores são bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica.

Segundo a empresa, o Grupo Galvão “foi vitimado pela grave situação econômica do país e, especificamente, pela inadimplência de alguns de seus maiores clientes”. A empresa também entrou em crise depois do envolvimento na Operação Lava Jato.

Como parte do plano de recuperação judicial, o grupo Galvão irá vender em leilão três de seus ativos: a empresa CAB Ambiental, a concessão da rodovia BR 153 e uma pedreira no estado de São Paulo.

Especula-se que a venda da CAB Ambiental gere 550 milhões de reais para o grupo Galvão, que detém 66,58% de participação na empresa. 

Além das vendas, a empresa ainda tem valores a serem recebidos de outras empresas, como a Petrobras. O Grupo Galvão espera arrecadar o suficiente para pagar suas dívidas com as vendas e os recebíveis.

A Galvão Engenharia SA possui uma dívida de aproximadamente 380 milhões de reais junto a fornecedores, além de 708 milhões de reais em dívidas bancárias.

Além disso, também acumula 23 milhões de reais de verbas rescisórias trabalhistas, pelas demissões recentes – foram 1.700 funcionários demitidos apenas em 2015.

A Galvão Participações tem um endividamento bancário de 783 milhões de reais.

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