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Com coronavírus e home office, Hirota lança mercado para condomínios

A loja, sem nenhum contato humano, será aberta pela leitura de código QR e as compras serão feitas por self check out

Corredores de Hirota Express (Hirota/Divulgação)

Corredores de Hirota Express (Hirota/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 2 de julho de 2020 às 06h00.

Última atualização em 12 de julho de 2020 às 12h41.

A rede Hirota de supermercados acaba de lançar um novo modelo de lojas, voltado para condomínios residenciais. A loja, sem nenhum contato humano, será aberta pela leitura de código QR e as compras serão feitas por self check out. São mais de 500 itens voltados a comodidade, de carvão para a churrasqueira a bebidas, snacks e as tradicionais refeições prontas da rede.

O plano de expansão prevê mais 12 lojas até o final do ano e o objetivo é atingir 100 lojas deste modelo até 2025. Para isso a rede fechou parceria com a OMA Administradora de Condomínios, que administra mais de 500 empreendimentos. Os condomínios ganham uma porcentagem sobre as vendas. 

Segundo Hélio Freddi, diretor da rede, o modelo de loja nasceu inicialmente para atender as pessoas que durante a pandemia não saíram de suas casas. “Porém percebemos que todos os moradores receberam muito bem o projeto. Queremos levar uma experiência de compra diferenciada para os condomínios, que ofereça conforto, segurança, ambiente saudável e inovação em tecnologia”, diz.

O abastecimento será feito a partir das lojas mais próximas, por um repositor que irá visitar a loja diariamente ou a cada dois dias. Serão inauguradas duas lojas ainda no mês de julho, uma na região do Cambuci e outra no Tatuapé, cada uma em um condomínio com perfis de classes sociais distintos. "Queremos entender qual a resposta do público, como esse modelo funciona para cada classe social", diz o diretor.

E, se uma loja não tiver uma rentabilidade, é só mudar para outro condomínio: os espaços são construídos dentro de contêineres que podem ser movimentados. O investimento por loja também é menor do que o formato Express, de 150.000 reais. A expectativa é faturar cerca de 50.000 reais por mês.

Mercado de conveniência

Levar o mercado para perto dos consumidores já era o objetivo da rede antes da pandemia. Foi pensando nisso que ela criou, há alguns anos, o formato Express, com refeições prontas, caixa eletrônico e outras comodidades que já tem 24 unidades em São Paulo, além dos 16 supermercados maiores.

O formato de conveniência também chegou a escritórios corporativos, com mercados em sedes de bancos como Itaú, Santander e Bradesco, e há planos para novos mercados em escritórios da Mercedes Benz e da Vivo. Havia ainda a previsão de levar o mercado para o metrô de São Paulo, com a abertura de uma unidade na estação Eucaliptos, linha lilás, ainda esse ano. 

Esses planos de expansão foram adiados por conta da pandemia do novo coronavírus. "Não tem mais pessoas nas ruas ou nos escritórios e o formato Express vive das vendas do dia a dia", afirma Freddi. As vendas no formato de conveniência caíram 60%, enquanto os supermercados cresceram de 15% a 18% no período.

Há planos para inaugurar mais quatro supermercados nos próximos dois anos e novas lojas em escritórios - essas, apenas quando as pessoas voltarem a frequentar o trabalho fisicamente.

Além dos mercados em condomínios residenciais, a empresa também investiu no comércio eletrônico da pandemia. De uma participação mínima de 0,6%, o e-commerce hoje representa 8% das vendas. Presente nas plataformas iFood, Rappi, Supermercado Now e Cornershop, a rede se prepara para lançar um aplicativo próprio.

Fachada do Hirota Express Em Casa, loja voltada para condomínios residenciais

Fachada do Hirota Express Em Casa, loja voltada para condomínios residenciais (Hirota/Divulgação)

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