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Com CDN, grupo de Nizan fatura R$ 1 bilhão

A CDN será o terceiro maior negócio da companhia


	Guga Valente (Grupo ABC) aplaude aperto de mão entre Nizan Guanaes (Grupo ABC) e João Rodarte (CDN): a “nova” CDN terá 51% do capital nas mãos do ABC
 (Divulgação)

Guga Valente (Grupo ABC) aplaude aperto de mão entre Nizan Guanaes (Grupo ABC) e João Rodarte (CDN): a “nova” CDN terá 51% do capital nas mãos do ABC (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 09h46.

São Paulo - A entrada do grupo ABC, de Nizan Guanaes, no segmento de relações públicas deverá elevar a receita conjunta da holding para algo próximo de R$ 1 bilhão em 2013. Esse patamar deverá ser atingido com a expectativa de crescimento orgânico de 12% sobre o faturamento de R$ 840 milhões do ano passado, e a compra da CDN, que tem receita anual de aproximadamente R$ 80 milhões.

De acordo com Guga Valente, presidente do grupo ABC, a CDN será o terceiro maior negócio da companhia, que hoje contabiliza 15 empresas quando são consideradas as sedes regionais da DM9. “O faturamento será parecido com o da Loducca (terceira maior agência de publicidade do grupo, depois da Africa e da DM9DDB)”, afirma Valente. O Grupo ABC não revelou o valor exato da compra da agência de relações públicas.

Fundada há 26 anos, a CDN é a segunda maior agência de relações públicas do País, atrás somente da FSB. Segundo o Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa, a empresa faturou R$ 88 milhões no ano passado (ainda com o negócio de publicidade incluído). João Rodarte, presidente da CDN, diz que a companhia hoje tem 129 clientes. Oitenta por cento da receita vem do setor privado e os 20% restantes de clientes governamentais. Atualmente, a CDN tem 400 funcionários, que engrossarão o time de 2,7 mil pessoas do grupo ABC.

As negociações entre as partes levaram cerca de um ano. Para Nizan Guanaes, sócio e idealizador do grupo ABC, o setor de relações públicas tem hoje um horizonte maior de crescimento do que o de publicidade no País. Ao contrário do que ocorre com a publicidade, Nizan lembrou que, pelo menos por enquanto, o mercado de RP é dominado por agências locais.

A “nova” CDN terá 51% do capital nas mãos do ABC, com o restante pulverizado entre cinco sócios. Segundo Rodarte, a administração atual seguirá no comando da empresa de relações públicas por pelo menos cinco anos. A tendência é que, ao longo do tempo, as ações que os sócios ainda têm da CDN sejam transformadas em papéis da holding ABC. Para evitar conflitos de interesse, a agência de RP se desfez de seu negócio de publicidade, que representava 10% de seu faturamento, e agora existirá sob novo nome.

A compra da CDN é o primeiro grande negócio fechado pelo grupo ABC desde que recebeu, em abril deste ano, um aporte de R$ 170 milhões do Kinea. O fundo do Banco Itaú tem hoje 20% do grupo. Valente diz que, após realizar compras com capital próprio e estratégico, o ABC entrou em sua segunda fase de expansão com o Kinea. O objetivo final é abrir o capital. Ele não arrisca, no entanto, um prazo para que isso ocorra.

Para ganhar importância dentro do mercado de relações públicas, a intenção do ABC é seguir adquirindo empresas de RP. Em vez de serem incorporadas à holding, no entanto, as empresas passarão a fazer parte da CDN. Ao contrário do que ocorre na publicidade, a opção do grupo é montar uma referência única no segmento de relações públicas. O ABC está de olho em agências especializadas no setor digital, que poderiam reforçar o perfil mais tradicional da CDN.

Retrato de mercado

Para Guga Valente, o crescimento previsto para o grupo ABC este ano, de 12%, é saudável em comparação ao restante do mercado. Segundo Dados do Projeto Inter-Meios, coordenado pelo Meio & Mensagem, o mercado publicitário cresceu 2,4% no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado. A receita somou R$ 14,6 bilhões de janeiro a junho. “Com a nossa expansão em 2013, vamos ganhar share (participação relativa) no mercado brasileiro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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