Lucas André Ribeiro, CEO da Fast Tennis (Fast Tennis/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 12h33.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 15h16.
O tênis brasileiro vive um bom momento. O número de praticantes vem crescendo gradualmente nos últimos anos, impulsionado por incentivos fiscais e pelo desempenho de novos talentos. João Fonseca, com apenas 18 anos, conquistou seu primeiro título profissional no ATP 250 de Buenos Aires, tornando-se um dos principais nomes da nova geração do tênis mundial. Beatriz Haddad Maia, por sua vez, venceu o WTA 500 de Seul em setembro, chegando à 12ª posição no ranking da WTA.
A rede de franquias mineira Fast Tennis quer aproveitar o bom momento dos atletas brasileiros para transformar o acesso ao esporte. Criada em 2020, a rede de academias aposta na expansão via franquias. Hoje, tem 15 unidades ativas e 27 em implantação. A empresa fechou 2024 com 5,7 milhões de reais em faturamento e projeta chegar a 25 milhões de reais em 2025. O plano é ambicioso: 300 unidades até 2028.
A estratégia já trouxe resultados. A Fast Tennis apareceu no ranking EXAME Negócios em Expansão, na categoria de empresas com receita entre 2 milhões e 30 milhões de reais, se destacando pelo crescimento acelerado no setor de academias esportivas. De acordo com o anuário, a receita líquida operacional da Fast Tennis cresceu de 2 milhões de reais em 2022 para 2,38 milhões reais em 2023, aumento de 19,03% no período.
"Decidimos que seríamos os maiores. Estruturamos o negócio para escalar rápido, sem perder qualidade", diz Lucas André Ribeiro, fundador e CEO da Fast Tennis.
Lucas André Ribeiro não começou no esporte. O primeiro emprego foi em um call center. No primeiro mês, foi um dos piores vendedores da equipe. Gago, tinha dificuldades para falar com os clientes. A solução veio quando decidiu "cantar" as frases, o que o ajudou a melhorar a comunicação e subir no ranking da empresa.
O desempenho abriu portas no mundo corporativo. Depois de anos como executivo, Ribeiro decidiu empreender. Criou a Fast Tennis para oferecer um modelo de academia mais acessível e flexível, fugindo do formato tradicional.
"O tênis tem barreiras de entrada muito altas. Criamos um modelo que se adapta ao aluno, e não o contrário", diz o fundador.
Assim como a da Fast Tennis, a história da sua empresa pode estar na EXAME. Clique aqui para começar a sua inscrição no Negócios em Expansão 2025. É grátis!A Fast Tennis opera no modelo de franquias e vê na escalabilidade sua principal vantagem competitiva. O investimento inicial para abrir uma unidade é de 250 mil reais, incluindo construção, taxa de franquia e capital de giro. Há planos para alunos a partir de R$ 259, abaixo da média do mercado.
A expansão tem sido acelerada. "Temos 15 unidades em operação e 27 em implantação, e a meta é muito maior", afirma Ribeiro. "O foco é ocupar cidades médias e grandes com alta demanda reprimida."
O Brasil tem cerca de 3 milhões de praticantes de tênis.. Para Ribeiro, esse número ainda pode crescer. "O mercado está longe da saturação. Estamos trazendo um público novo para o esporte", diz.
O modelo da Fast Tennis se apoia em três pilares. O primeiro é a metodologia, que permite aos alunos treinar sem compromisso fixo com horários ou planos rígidos. "Não queremos formar campeões, queremos que as pessoas se divirtam", diz Ribeiro.
A rede também conta com uma plataforma digital que facilita agendamentos, pagamentos e o acompanhamento de desempenho. "Isso melhora a experiência do aluno e facilita a gestão dos franqueados", afirma.
Outro ponto importante é o alto aproveitamento das quadras. Enquanto academias tradicionais operam com períodos de baixa ocupação, a Fast Tennis busca otimizar o uso dos espaços. "Isso aumenta a rentabilidade da unidade e a disponibilidade para os clientes", diz o CEO.
A Fast Tennis quer escalar rápido, mas sem perder eficiência. A empresa fechou 2024 com 5,7 milhões de reais em faturamento e projeta 25 milhões em 2025, puxado pela abertura de novas unidades. A expectativa é terminar o ano com 60 unidades.
"Não adianta crescer sem estrutura", afirma Ribeiro. "O grande desafio é manter a qualidade do ensino e a padronização da experiência do cliente à medida que expandimos."
A empresa também tem planos fora do Brasil. A internacionalização para os Estados Unidos e a União Europeia está prevista para 2026. "O tênis é um mercado global. Estamos construindo um modelo replicável, que pode funcionar em qualquer país", diz.
Diferente de outras redes em crescimento, a Fast Tennis não busca investidores externos. A expansão será sustentada com capital próprio e o modelo de franquias.
"Queremos crescer no nosso ritmo, sem pressão externa. Acreditamos que o modelo de franquia bem estruturado é suficiente para financiar essa expansão", diz Ribeiro. "O tênis está crescendo, e estamos aproveitando esse movimento com um modelo diferente do tradicional."
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) para identificar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses.
Em 2024, a pesquisa analisou negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais. A Fast Tennis apareceu na categoria de empresas com receita entre 2 milhões e 30 milhões de reais, se destacando pelo crescimento acelerado no setor esportivo.
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