Rodrigo Abreu: executivo assumirá a posição de diretor operacional e, perto do fim do ano, substituirá o atual presidente da operadora, Eurico Teles, no posto desde 2017 (Michael Nagle/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de setembro de 2019 às 10h53.
Última atualização em 4 de setembro de 2019 às 10h55.
São Paulo — A Oi recebeu autorização da Justiça para iniciar uma transição no comando da empresa, apurou o Estadão/Broadcast. Nessa transição, Rodrigo Abreu, membro do conselho de administração da Oi e ex-presidente da TIM, assumirá a posição de diretor operacional e, perto do fim do ano, substituirá o atual presidente da operadora, Eurico Teles, no posto desde 2017.
Segundo fontes, o sinal verde foi dado ontem à noite pelo juiz Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação judicial da companhia. Na esteira da notícia, o papel ordinário da Oi subiu 5,22%, fechando a R$ 1,21.
A autorização é uma resposta ao pedido de mudanças na direção feito meses atrás pelo conselho de administração da operadora. O processo de transição no comando corre em segredo de Justiça. Procurada pela reportagem, a Oi não comentou.
Em fevereiro, Viana havia determinado que a Justiça e o Ministério Público deveriam ser avisados previamente pela companhia sobre qualquer venda de ativos, fusões e incorporações, além de eventuais alterações na diretoria. No entendimento do MP, a manutenção dos diretores nos cargos era vista como importante para dar estabilidade ao processo de recuperação judicial.
Mas a pressão sobre Eurico Teles aumentou em agosto, quando o balanço da Oi referente ao segundo trimestre mostrou novo prejuízo e redução do dinheiro em caixa. A gestora de investimentos GoldenTree Asset Management, que tem 14,57% das ações da tele, enviou uma carta ao conselho pedindo a troca do presidente executivo.
Por causa das dificuldades financeiras que enfrenta, a Oi espera levantar até R$ 2,5 bilhões em uma operação de captação de recursos que será estruturada neste mês, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.