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Com 1º lucro, Burger King Brasil quer abrir 100 unidades por ano

A BK Brasil assumiu a operação da rede em 2011 e desde então, investiu 1 bilhão de reais para a abertura de centenas de restaurantes

Restaurante Burger King: lançamento de balde de sorvete (Thomas Lohnes/Getty Images)

Restaurante Burger King: lançamento de balde de sorvete (Thomas Lohnes/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 9 de março de 2018 às 11h42.

São Paulo - Com primeiro lucro anual desde o início da operação, a Burger King Brasil tem planos ousados de expansão. A rede de fast food abriu 108 lojas em 2017 e planeja manter o ritmo de aberturas para os próximos anos, que demandarão investimento de 250 milhões de reais apenas este ano.

"Acreditamos que o número de aberturas do ano passado é um nível que conseguimos manter nos próximos anos, porque cresce o conhecimento sobre a marca no Brasil", afirmou o presidente da rede no Brasil, Iuri Miranda

Ele também afirmou que o mercado de alimentação fora de casa ainda tem espaço para se tornar mais comum entre os brasileiros. "Muitos moram sozinhos e está cada vez mais incomum voltar para casa para almoçar, mesmo em cidades menores. Enxergamos o potencial desse mercado", disse o executivo.

A intenção é crescer tanto por meio de restaurantes próprios, responsáveis por dois terços da operação, quanto por franquias, que correspondem ao outro terço dos restaurantes. "Os franqueados nos ajudam a chegar a regiões mais distantes e têm bom conhecimento local de fornecedores e eficiência operacional", explicou Miranda.

A companhia ainda planeja incorporar uma nova marca ao portfólio, além do Burger King. Ela está há dois anos estudando o mercado e acredita que há espaço para marcas de pizza, frango ou café. O presidente não esclareceu, contudo, se será uma marca internacional ou nacional e qual a previsão de lançamento.

Primeiro lucro

A BK Brasil assumiu a operação da rede em 2011, quando havia 130 restaurantes da marca no Brasil. Desde então, investiu 1 bilhão de reais para a abertura de centenas de restaurantes, chegando a 697 no final do ano passado.

Mas até agora, a operação ainda não havia dado lucro. Em dezembro de 2017, realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês), e movimentou 2,2 bilhões de reais.

Do total da oferta, 886 milhões de reais vieram da oferta primária e irão diretamente para o caixa da companhia. O valor será destinado para a expansão orgânica de novos restaurantes e para a aceleração da abertura de quiosques de sobremesas nos próximos anos.

Hoje, 9, anunciou seu primeiro resultado como empresa aberta, lucro de 4 milhões de reais no ano, comparado a um prejuízo de 94 milhões de reais em 2016, o primeiro ano de lucro líquido da companhia.

A receita operacional líquida foi de 1,78 bilhão em 2017, crescimento de 28% em relação a 2016. Na comparação entre restaurantes abertos há um ano, as vendas aceleraram 13,8% no ano.

O Ebitda ajustado, resultado antes de juros e impostos, foi de 211 milhões de reais no ano, crescimento de 57,4%.

“Os resultados expressivos refletem o nosso forte ritmo de expansão, nossa estratégia de crescimento pleno e criação de empregos formais”, afirmou o presidente.

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