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Colômbia identifica funcionário que recebeu propina milionária

Segundo documentos divulgados nesta semana, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a Colômbia

Odebrecht: "O governo soube que a pessoa que recebeu US$ 6,5 milhões (...) é um funcionário do alto escalão da administração do governo Uribe" (jbdodane/Flickr/Creative Commons)

Odebrecht: "O governo soube que a pessoa que recebeu US$ 6,5 milhões (...) é um funcionário do alto escalão da administração do governo Uribe" (jbdodane/Flickr/Creative Commons)

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EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 17h15.

Bogotá - A Colômbia já identificou o servidor público que recebeu entre 2009 e 2010 US$ 6,5 milhões em propina da Odebrecht e era "um funcionário do alto escalão" do governo do então presidente Álvaro Uribe, informaram fontes oficiais nesta sexta-feira.

"O governo soube que a pessoa que recebeu US$ 6,5 milhões em desenvolvimento de conduta criminosa que merece todo o repúdio (...) é um funcionário do alto escalão da administração do governo Uribe", disse o secretário de Transparência da presidência, Camilo Alberto Enciso.

Segundo documentos divulgados nesta semana pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a Colômbia.

No caso do país andino, a construtora teria desembolsado US$ 11 milhões em subornos entre 2009 e 2014, período que abrange parte do governo de Uribe (2002-2010) e o de seu sucessor, o atual presidente, Juan Manuel Santos.

Como parte da polêmica, Uribe pediu ontem a Santos no Twitter que "diga a verdade sobre subornos da Odebrecht" e se ele se reuniu ou não com diretores da construtora em abril de 2015 no Panamá durante a Cúpula das Américas.

Neste sentido, Enciso explicou que essa reunião aconteceu em 9 de abril de 2015, "durante a Cúpula das Américas, em uma série de encontros do presidente com empresários" que classificou como "absolutamente normal" e "necessários para o país".

O secretário da presidência alegou que "naquele momento não havia nenhuma suspeita de que Marcelo Odebrecht ou sua companhia tivessem participado de atos de corrupção".

Enciso rejeitou em nome do governo, "de maneira categórica", os subornos pagos e pediu à Justiça para que aja "com a maior rigidez" contra qualquer servidor publico que esteja envolvido em casos de corrupção.

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