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Colômbia cancelará contratos comprovados corruptos da Odebrecht

"Não podemos permitir que uma empresa criminosa como tem sido a Odebrecht continue agindo", afirmou secretário

Odebrecht: secretário colombiano pediu "ação contundente, rápida e eficaz da justiça colombiana" (REUTERS/Rodrigo Paiva/Reuters)

Odebrecht: secretário colombiano pediu "ação contundente, rápida e eficaz da justiça colombiana" (REUTERS/Rodrigo Paiva/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 20h44.

A Colômbia anunciou nesta quinta-feira que cancelará os contratos em que forem comprovados atos de corrupção da Odebrecht.

"No momento em que for demonstrado de maneira clara que houve pagamentos de subornos (...), o Estado colombiano não duvidará de nenhuma maneira em tomar as decisões necessárias para terminar de maneira unilateral seus contratos e para evitar que a Odebrecht continue tendo negócios no país", disse o secretário de Transparência da Presidência, Camilo Enciso, à Blu Radio.

O funcionário pediu "ação contundente, rápida e eficaz da justiça colombiana" para esclarecer os subornos por mais de 11 milhões de dólares que a construtora pagou para realizar as obras públicas no país, com as quais teve lucros superiores a 50 milhões de dólares, segundo as autoridades americanas.

Por isso, na quarta-feira o governo pediu "celeridade" à Procuradoria colombiana para iniciar uma cooperação judicial internacional com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

"Não podemos permitir que uma empresa criminosa como tem sido a Odebrecht continue agindo", afirmou.

A Presidência da Colômbia disse na quarta-feira em comunicado que a companhia brasileiro teve três contratos no país.

O primeiro deles 2009 na Ruta del Sol setor 2, um trajeto viário de mais de 500 quilômetros que une o centro do país com o Caribe, executado durante o governo de Álvaro Uribe.

Nesta licitação, segundo o Departamento de Justiça, um funcionário colombiano recebeu um suborno de 6,5 milhões de dólares.

Adicionalmente, houve outros dois projetos, ambos no mandato do presidente Juan Manuel Santos: a via Puerto Boyacá - Chiquinquirá (centro), licitada em abril de 2012, e a iniciativa para dar navegabilidade e ao rio Magdalena, o mais importante del país, licitada em agosto de 2014.

Segundo documentos divulgados na quarta-feira pelos EUA, a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos por "centenas de milhões de dólares" para obter contratos.

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