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Colapso de fortuna de Eike atinge André Esteves

O patrimônio de Esteves caiu US$ 1,3 bilhão desde que o BTG firmou acordo com a EBX, em março, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg


	O patrimônio de André Esteves é estimado em US$ 3,55 bilhões, com maior peso para sua participação de 22 por cento no BTG, com sede em São Paulo
 (Alessandro Shinoda)

O patrimônio de André Esteves é estimado em US$ 3,55 bilhões, com maior peso para sua participação de 22 por cento no BTG, com sede em São Paulo (Alessandro Shinoda)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 11h48.

São Paulo – A perda de fortuna de Eike Batista, de já chega a US$ 30 bilhões, está afetando a fortuna de outro bilionário brasileiro, André Esteves.

A fortuna de Esteves caiu US$ 1,3 bilhão desde que o BTG firmou acordo com a EBX, em março, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

A companhia petrolífera de Batista, a OGX Petróleo Gás Participações, anunciou nesta semana que deterá a produção do seu único poço ativo, disparando uma queda de 10 por cento nas ações do BTG em apenas 3 dias.

O patrimônio de Esteves é estimado em US$ 3,55 bilhões, com maior peso para sua participação de 22 por cento no BTG, com sede em São Paulo.

As companhias dirigidas por Batista, 56, devem aproximadamente R$ 650 milhões (US$ 286 milhões) ao BTG, informou uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

O banco cancelou uma linha de crédito de US$ 1 bilhão que fazia parte do acordo firmado em março, segundo a pessoa, sem dizer quando a decisão foi tomada.

Batista usou ações de suas companhias abertas, cujos nomes sempre acabam com “X”, como garantia de parte dos empréstimos, segundo a pessoa. As ações da OGX despencaram 91 por cento neste ano.

“O mercado está preocupado com a exposição dos bancos às companhias X, mas é necessário determinar quão exposto está cada banco segundo seu tamanho”, disse Eduardo Carlier, gestor da unidade brasileira da companhia Schroders Plc com sede em Londres, em entrevista por telefone. “Como o BTG tem um valor de mercado menor, ele tende a sofrer mais do que outros bancos”.


A exposição do Itaú

O Itaú Unibanco Holding SA, o maior banco brasileiro em valor de mercado, possui por volta de R$ 1,24 bilhão em risco em companhias ligadas a Batista, ou 1,4 por cento do seu capital regulatório, segundo escreveu nesta semana Alessandro Arlant, analista do Bank of America Corp.

Desde o acordo com a EBX Group Co. de Batista, controladora da OGX, as ações do BTG recuaram 26 por cento. No mesmo período, o Itaú perdeu 17 por cento e o segundo maior banco do Brasil em valor de mercado, o Banco Bradesco SA, caiu 18 por cento.

A fortuna de Esteves, que chegava a US$ 4,85 bilhões em março, agora é de US$ 3,55 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg, ao passo que Batista perdeu mais de US$ 30 bilhões desde março de 2012. No mês passado, ele saiu da lista das 200 pessoas mais ricas do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

O BTG e a EBX recusaram-se a fazer declarações a respeito.

Com o acordo feito em março, o BTG ajudou as companhias de Batista, como a OGX e a companhia de energia MPX Energia SA, a vender ativos. As vendas não conseguiram evitar um corte de rating da dívida feito pela Standard &Poor’s, que deixou o rating em CCC nesta semana, oito graus abaixo do grau de investimento.

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