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Cnova diz que perdeu R$ 400,3 milhões com fraudes no Brasil

CNova, divisão de comércio eletrônico do grupo Casino, descobriu ter perdido R$ 400,3 milhões com fraudes na contabilidade das subsidiárias brasileiras


	CNova: empresa fez auditoria na contabilidade e descobriu que falhas de funcionários enxugaram R$ 400,3 milhões do patrimônio da empresa
 (Leandro Fonseca/Exame)

CNova: empresa fez auditoria na contabilidade e descobriu que falhas de funcionários enxugaram R$ 400,3 milhões do patrimônio da empresa (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 10h43.

São Paulo - A CNova, divisão de comércio eletrônico do grupo francês Casino, anunciou nesta sexta-feira, 22, a conclusão de investigação interna em sua subsidiária brasileira, na qual constatou erros na contabilidade em razão de fraudes.

A empresa informa, em comunicado, que falhas cometidas por funcionários na administração dos estoques enxugaram em R$ 400,3 milhões seu patrimônio ao término de dezembro de 2015.

Finalizada a auditoria, a Cnova promoveu ajustes contábeis nos resultados dos últimos anos, sendo que o impacto acumulado no lucro operacional antes de juros e impostos (Ebit) foi de R$ 265,9 milhões, dos quais R$ 38,3 milhões em 2015, R$ 111,1 milhões em 2014, R$ 24,2 milhões em 2013 e R$ 92,3 milhões de 2012 para trás.

As revisões, segundo o documento, levam em consideração o reflexo de descontos dados por fornecedores no valor dos estoques, a contabilização de ativos fixos, as provisões de perdas em contas a receber e os passivos de mercado.

De acordo com a Cnova, erros em cálculos relacionados a vendas líquidas, contas a receber e a pagar provocaram uma perda da ordem de R$ 153,4 milhões, abaixo da estimativa preliminar de R$ 177 milhões divulgada em fevereiro deste ano.

Outros problemas na gestão de itens devolvidos em trânsito e custos de envio diferidos acarretaram em um prejuízo de R$ 41,6 milhões.

A Cnova identificou, ainda, falhas relacionadas a ativos intangíveis e despesas operacionais diferidas, cujo impacto ao fim de dezembro de 2015 é avaliado em R$ 71 milhões.

Como resultado, a empresa decidiu computar uma baixa contábil de R$ 42,6 milhões no balanço do ano passado.

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