Clientes dizem que rede é cobra taxa extra de US$ 0,50 a US$ 0,80 por bebida (Joshua Trujillo/Starbucks/Divulgação)
Repórter colaborador
Publicado em 22 de março de 2024 às 07h24.
Cobrar uma taxa extra de clientes intolerantes à lactose é uma forma de preconceito?
Segundo informações do Guardian, essa é a questão que três clientes estão levantando ao entrar com uma ação coletiva de US$ 5 milhões contra a Starbucks.
Os três clientes da Califórnia - dois do condado de Los Angeles e um de Madera - são todos intolerantes à lactose e, quando compram bebidas na Starbucks, é cobrada uma taxa extra de US$ 0,50 a US$ 0,80 por bebida, de acordo com uma reclamação apresentada no início de março em um tribunal federal em Fresno, Califórnia.
Essas sobretaxas do cardápio violam a Lei dos Americanos Portadores de Deficiência, bem como uma lei de direitos civis da Califórnia, alega a ação.A rede de cafeterias "criou um menu separado, com preços mais altos, destinado a clientes que não podem ingerir leite", alega o processo, argumentando que o custo extra do leite de soja, aveia, coco ou amêndoa na Starbucks não reflete os preços de varejo substancialmente mais altos das alternativas ao leite.
"A intolerância à lactose é uma deficiência protegida pelas leis de discriminação", disse Keith Gibson, advogado dos autores da ação, em um comunicado. "Milhões de consumidores estão sofrendo o impacto negativo da discriminação ilegal da Starbucks", completou.
Um porta-voz da Starbucks defendeu a abordagem da empresa de cobrar pelo leite especial.
"Nas lojas da Starbucks nos EUA, sem custo adicional, os clientes podem adicionar até 113 gramas de leite sem lactose ao café ou chá quente ou gelado", disse a empresa. "Além disso, os clientes podem optar por personalizar qualquer bebida com leite sem lactose no menu por um custo adicional; isso é semelhante a outras personalizações de bebidas, como uma dose adicional de café expresso ou xarope".