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Claro lidera captação de clientes em 2013, diz Anatel

Dentre o total de novas linhas, a Claro ficou com 3,4 milhões (37,3%)


	Loja da Claro no shopping Morumbi: a estratégia de investimentos em infraestrutura, aliada às ofertas de novos serviços de dados, garantiu à Claro o bom desempenho na captura de clientes
 (Antonio Milena/EXAME)

Loja da Claro no shopping Morumbi: a estratégia de investimentos em infraestrutura, aliada às ofertas de novos serviços de dados, garantiu à Claro o bom desempenho na captura de clientes (Antonio Milena/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 08h19.

São Paulo - A operadora Claro abocanhou o maior número de clientes de telefonia móvel ao longo do ano passado. Segundo pesquisa publicada na segunda-feira, 27, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o País chegou ao fim de 2013 com 271,0 milhões de linhas ativas de celulares, uma expansão de 9,9 milhões de unidades (3,5%) ante 2012.

Dentre o total de novas linhas, a Claro ficou com 3,4 milhões (37,3%), seguida por TIM com 3,0 milhões (32,8%), Vivo, com 1,1 milhão (11,9%) e Oi, com 978 mil (10,5%).

A Vivo se manteve na liderança do mercado, mas sua participação encolheu de 29,08% em 2012 para 28,49% no ano de 2013. Em seguida vêm TIM, com um crescimento de 26,88% para 27,09%, Claro (subiu de 24,92% para 25,34%) e Oi (caiu de 18,81% para 18,52%).

As demais operadoras - CTBC, Nextel, Datora, Porto Seguro e Sercomtel - mantiveram participação inferior a 1,0% do mercado e absorveram 686 mil novas linhas.

A estratégia de investimentos em infraestrutura, aliada às ofertas de novos serviços de dados, garantiu à Claro o bom desempenho na captura de clientes, de acordo com avaliação do presidente da companhia, Carlos Zenteno.

"Entendemos que a tendência mundial da telefonia é o uso de dados. O nosso foco tem sido garantir uma boa experiência nessa utilização", disse o executivo, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.

"O perfil dos consumidores, independentemente de serem pré-pagos ou pós-pagos, é de pessoas com mais vontade de estarem ligadas nas redes sociais e compartilhar informação no momento em que ela acontece", completou.

Dentre os fatores que puxaram a expansão de clientes, Zenteno mencionou a promoção que oferece acesso gratuito ao Facebook e ao Twitter a clientes pré-pagos.


Outra ponto positivo, na sua avaliação, foi a oferta de pacotes simplificados, como navegação na internet por R$ 0,50 centavos por dia em que houver acesso, podendo custar R$ 0,99 por dia no plano 3G Max, que oferece internet mais rápida.

A estratégia permitiu à Claro chegar ao segundo lugar no mercado de pré-pagos, com um total de 54,3 milhões de clientes, superando a Vivo, com 53,5 milhões.

A estratégia da Claro foi semelhante à posta em prática pela TIM, líder desse segmento, com 61,1 milhões. A operadora também oferece internet a R$ 0,50 ao dia e foi pioneira na oferta de chamadas para clientes pré-pagos por tempo ilimitado ao custo único de R$ 0,25 centavos, no caso de usuários da mesma rede.

No caso da Claro, dos 3,4 milhões de novas linhas absorvidas em 2013, 2,2 milhões são de contas pré-pagas, e 1,2 milhão, de contas pós-pagas. Em termos porcentuais, a carteira de celulares pré cresceu 4,2%, enquanto o pós avançou 9,5%.

Apesar da receita média por usuário ser menor nas contas pré, Zenteno ponderou que esses clientes têm grandes chances de migrar para outros planos com faturamento mais elevado.

"Esse consumidor tende a mudar para a conta pós-paga, talvez com franquia menor no começo, mas aumentando gradativamente", disse. Para 2014, o executivo estima um crescimento em torno de 6% para a receita média por usuário, mas esse número pode crescer dependendo do volume de vendas de smartphones.

A Claro tem um plano de investimento de R$ 6,3 bilhões para o período de 2012 a 2014. Parte desses recursos foi utilizada para expansão da rede 3G de 1.152 cidades em 2012 para 1.372 no fim de 2013. No mesmo período, a rede 4G cresceu de 4 municípios para 60, atingindo 76 até o fim deste mês.

"Os clientes têm preferido comprar os smartphones. Ter redes com capacidades de oferecer essa cobertura é um item essencial", frisou. Zenteno se disse otimista para este ano, mas não revelou a perspectiva de ampliação da cobertura para os próximos meses porque o orçamento anual ainda não foi fechado.

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