BR Distribuidora: a Petrobras deve vender uma participação de 30 a 35% da BR Distribuidora em novembro (foto/Divulgação)
Reuters
Publicado em 18 de agosto de 2017 às 16h41.
São Paulo - O Citigroup e outros sete bancos devem coordenar a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora, que deve ocorrer provavelmente em novembro, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto.
A Petrobras está avaliando se fará a listagem da BR Distribuidora em São Paulo e Nova York, onde um crescente número de investidores mostrou interesse na transação, afirmou a fonte, que pediu anonimato.
A Petrobras trabalha com a unidade de banco de investimento do Citigroup desde 2015, quando a ideia de fazer o IPO da BR Distribuidora começou a ser discutida.
A Petrobras deve vender uma participação de 30 a 35 por cento da BR Distribuidora em novembro, na última janela para transações de ações do ano.
Além do Citi, a Petrobras também deve envolver as unidades de banco de investimento do Bank of America, Morgan Stanley, JPMorgan, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil, disse a fonte.
Representantes da Petrobras, Morgan Stanley, Bank of America, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil preferiram não comentar o assunto. Os outros bancos não comentaram de imediato.
Ao listar a BR Distribuidora em mais de uma bolsa, a Petrobras pode aumentar a demanda pelos papéis e dar aos investidores mais alternativas de negociação.
Um IPO internacional da BR Distribuidora seria um teste do apetite de investidores internacionais pela subsidiária de distribuição de combustíveis após investigações relativas a corrupção contra a Petrobras nos Estados Unidos.
Após uma série de interrupções nos últimos dois anos, a Petrobras retomou o projeto do IPO em junho, para reduzir dívida e investimentos em atividades consideradas de baixo retorno.
A Petrobras tem vendido ativos e cindido ativos para reduzir sua dívida, de 95 bilhões de dólares, que é a maior entre as maiores empresas de petróleo do mundo.
A BR Distribuidora deve ser listada no Novo Mercado, o segmento de mais alta governança da B3.
Outra alternativa em avaliação seria listar a empresa apenas no Brasil, mas permitir investimentos internacionais por meio da regra 144A da Securities and Exchange Comission, o regulador do mercado de capitais nos Estados unidos.