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Citibank informa nova aquisição ao governo

Banco americano se prepara para crescer no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O Citibank se prepara para crescer no Brasil. O banco americano informou ao alto escalão do governo Lula que trabalha em uma aquisição no mercado financeiro brasileiro. Procurada por EXAME, a instituição financeira disse que não comenta o assunto. "Não é mistério que o Citigroup gostaria de aumentar sua presença no varejo brasileiro, inclusive em razão do sucesso que eles alcançaram no México [com a compra do Banco Nacional do México (Banamex)]", afirma relatório recente de analistas do Deutsche Bank.

O histórico de aquisições em outros países mostra que o Citigroup geralmente opta por comprar o primeira ou o segunda maior instituição financeira do mercado. No Chile, o Citi comprou em 1999 a Financiero Atlas, segunda maior empresa de crédito ao consumidor. Na Polônia, adquiriu o maior banco corporativo, o Bank Handlowy w Warszawie. No México, protagonizou em 2001 a maior aquisição financeira na América Latina até então, ao comprar o Banamex. No caso do Brasil, porém, a análise do Deutsche Bank afirma que o Citi poderia tomar uma decisão que não envolvesse os dois primeiros colocados no mercado.

No ano passado, o Citibank começou a dar sinais ostensivos de seu apetite por escala no mercado brasileiro. A investida na Credicard é um exemplo. (Se você é assinante de EXAME, leia reportagem sobre o assunto). No início de novembro, o banco desembolsou 630 milhões de reais para aumentar sua participação no mercado de cartão de crédito. À época da aquisição, o presidente do Citibank no Brasil, Gustavo Marin, afirmou que "as dúvidas [do grupo] em relação à América Latina foram superadas, e crescer é prioridade".

Uma aquisição pelo Citi faria sentido, afirmam analistas. Prestes a comemorar 90 anos de Brasil, o banco que chegou a ser o maior estrangeiro no país ocupa agora o 12º lugar em volume de ativos, segundo o Banco Central, atrás de três outros estrangeiros. Uma das causas da perda de posições do Citibank, segundo os analistas, foi justamente o comportamento pouco expansionista. Nos últimos 10 anos, quando 75 aquisições foram realizadas no mercado brasileiro, o Citi não comprou um banco sequer. Concorrentes estrangeiros, como o Santander e o ABN Amro, adquiriram cada um três. Só o Bradesco, comprou 10, entre 1995 e ano passado.

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